6 de jan. de 2011

Virusterapia

“Um dos grandes inimigos da humanidade usado para atacar outra ameaça a vida – o câncer”

Um dos primeiros indícios de que os vírus poderiam ser úteis no combate ao câncer surgiu em 1912, quando um ginecologista italiano observou a regressão de um câncer cervical em uma mulher que havia sido inoculada com uma vacina contra raiva proveniente de uma forma viva, porém atenuada, do próprio vírus. Com isso os médicos passaram a injetar, pela primeira vez, intencionalmente os vírus nos pacientes com câncer. Isso se deu no final da década de 40, mas não houve resultado satisfatório. Ao se passar 20 anos do ocorrido, pesquisadores descobriram que um vírus causador da variante animal de Newcastle mostra preferência por células tumorais. Foi então aprimorada tal tendência do vírus, cultivando-o por gerações em células cancerosas humanas em laboratório.
Na década de 70 e 80, dois grupos descreveram pacientes cujos linfomas regrediram após terem se infectado pelo vírus do sarampo.
Conceito Moderno: Teve inicio no final da década de 90, quando pesquisadores modificaram geneticamente partículas virais para que seletivamente replicassem dentro da célula tumoral, matando-a.
Partículas usadas: Foram usados derivados de adenovírus (causadores do resfriado comum). Outros vírus em estudo incluem o herpes simples, o parvovírus, a vacínia e o reovírus e o vírus aviário da doença de Newcastle. Os adenovírus, intensamente explorados para a virusterapia, são uma atraente opção, isso em parte porque os pesquisadores conhecem bem a biologia de tal partícula viral.
Os geneticistas estão trabalhando na adequação de adenovírus e outros vetores virais, ou sistemas de liberação de genes, para melhorar a segurança e diminuir as chances de que ocorra qualquer tipo de tragédia.
A virusterapia é uma nova estratégia para tratamento do câncer que prevê a infecção e a morte seletiva de células tumorais. Pesquisadores estão testando abordagens para direcionar vírus específicos (os adenovírus) às células cancerosas, deixando as células normais intocadas.
Os vírus utilizados (já descritos acima) podem tanto matar as células tumorais, ao rompê-las, como liberar genes que tornam as células mais suscetíveis às quimioterapias tradicionais auxiliando assim no tratamento tradicional contra o câncer. Os mesmos tipos de vírus utilizados na virusterapia podem ser marcados por fluorescência ou radioatividade. Uma vez liberados no corpo, eles se dirigem às células do câncer. Os médicos, no futuro, podem vir a usar a técnica de imageamento para detectar a presença de tumores diminutos.


Baixar: "Liquidando Oncocélulas com o uso de Vírus" Virusterapia

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