31 de mai. de 2012

Dia Mundial Sem Tabaco

31 de maio de 2012 - Dia Mundial Sem Tabaco

A mensagem da Organização Mundial da Saúde sobre do Dia Mundial Sem Tabaco
O Dia Mundial Sem Tabaco é uma celebração anual que tem como objetivo informar a população sobre: os perigos do uso do tabaco; as estratégias das companhias produtoras para seduzir os jovens; as ações que a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolve para controlar sua epidemia no mundo; assim como as atitudes que a sociedade pode promover para reivindicar o seu direito à saúde e à vida saudável e para proteger as gerações presentes e futuras. Sendo assim, em 1987, os Estados-Membros da OMS criaram o Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio) para chamar a atenção sobre a epidemia do tabaco e as doenças e mortes evitáveis que causa. No mesmo ano, a Assembléia Mundial da Saúde aprovou a celebração anual dessa data em todos os países. Em 2012, a OMS escolheu o tema
A Interferência da Indústria do Tabaco para a divulgação da data. Esse tema refere-se ao artigo 5.3 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), o qual enfatiza que os países devem agir para proteger as políticas de saúde pública dos proveitos comerciais ou outros interesses garantidos para a indústria do tabaco, em conformidade com a legislação nacional. Devido às inúmeras estratégias e complexas interferências da indústria do tabaco na sociedade, que representam um entrave ao desenvolvimento sustentável dos países, o Brasil adaptou a abordagem para o contexto nacional e optou pelo enfoque nos danos causados, em toda a cadeia de produção do tabaco, ao meio ambiente e à saúde da população. Podem-se citar os diferentes danos ao meio ambiente, em todas as etapas da produção, no consumo e no uso dos produtos derivados do tabaco. São exemplos: a utilização de agrotóxicos, que agridem ecossistemas e fumicultores; as ações de desmatamento; o trabalho adolescente e infantil nas plantações; os danos à saúde da população, como a dependência química à nicotina e o fumo passivo e, em consequência, o aumento do risco para a ocorrência das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e câncer. A escolha do tema enfatiza também as recomendações do artigo 18 da CQCT, que orienta os países signatários a promover ações para a proteção do meio ambiente e da saúde das pessoas.
Diante desse cenário, para os eventos do Dia Mundial Sem Tabaco no Brasil, apresenta-se o conceito: 
"Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta."


Acesse o Manual Técnico completo feito pelo INCA e saiba mais sobre essa causa e os danos que o tabaco traz para você e para o planeta.

Para saber mais sobre o "Dia Mundial Sem Tabaco" e a chamada acesse o link: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/dia_mundial_sem_tabaco/site/2012/dia_mundial_sem_tabaco

Para saber mais sobre o Programa Nacional de Controle do Tabagismo acesse o link: http://www.inca.gov.br/tabagismo/


23 de mai. de 2012

Fase Pré-analítica para Exames de Sangue

A fase imediatamente anterior à coleta de sangue para exames laboratoriais, definida na RDC n. 302 como fase que se inicia com a solicitação da análise, passando pela obtenção da amostra e finalizando quando se inicia a análise propriamente dita deve ser objeto de atenção por parte de todas as pessoas envolvidas no atendimento dos pacientes com a finalidade de se prevenir a ocorrência de falhas ou a introdução de variáveis que possam comprometer a exatidão dos resultados.
Assim, é importante entender que a fase pré-analítica necessita de implementações e cuidados na detecção, classificação e adoção de medidas para a redução das falhas. Além disso, quando buscamos especificar a qualidade de nossos sistemas analíticos, pela análise da imprecisão dos mesmos, partimos do pressuposto de que a fase pré-analítica está bem controlada, permitindo assim que os esforços, no estudo dessa imprecisão, venham contribuir para melhoria das fases seguintes, ou seja, a fase analítica e pós-analítica. É reconhecido que vários processos pré-analíticos devem ser cumpridos antes da análise das amostras. Neles, estão envolvidos os médicos solicitantes, que transmitem as orientações iniciais ao paciente, garantindo o entendimento das orientações por parte deste e sua adesão ao que foi recomendado ou solicitado. Esse aspecto pode ser melhorado pela disponibilização de instruções escritas ou verbais, em linguagem simples, orientando quanto ao preparo e cole a da amostra, tendo como objetivo facilitar o entendimento pelo paciente. Finalmente, as fases que envolvem as atividades no laboratório, como recepção, cadastro, coleta e triagem do material coletado.

Inúmeras podem ser as variáveis na fase pré-analítica que envolvem os processos no laboratório e que são responsáveis por cerca de 60% das falhas, sendo as mais evidentes:
• amostra insuficiente;
• amostra incorreta;
• amostra inadequada;
• identificação incorreta;
• problemas no acondicionamento e transporte da amostra.
É importante estarmos conscientes de que a medida dessas falhas nos diversos processos, por meio de levantamento de indicadores, pode contribuir para busca da causa e consequente melhora dos mesmos. É necessário estabelecer, em nossos protocolos de coleta, os critérios de rejeição de amostras, evitando, dessa forma, que amostras com problemas sejam analisadas, gerando um resultado que não poderá ser devidamente interpretado em virtude das restrições advindas da inadeaquação do material coletado. No entanto, é necessário atentar para o fato de que algumas amostras consideradas nobres (líquor, por exemplo) possam ser analisadas, mas que as restrições advindas do processo de obtenção destas sejam evidenciadas no resultado, como prevê a própria RDC n. 302 em seu item 4.3, no qual define o que é amostra laboratorial com restrição. Quaisquer que sejam os exames a serem realizados, é fundamental a identificação positiva do paciente e dos tubos nos quais será colocado o sangue.
Deve-se buscar uma forma de estabelecer um vínculo seguro e indissociável entre o paciente e o material colhido para que, ao final, seja garantida a rastreabilidade de todo o processo.
É indispensável que a identificação possa ser rastreada a qualquer instante do processo.
O material colhido deve ser identificado na presença do paciente. Nos sistemas manuais, isto pode ser feito pela colocação, nos tubos de coleta, de etiquetas com o nome do paciente, a data da coleta e o número sequencial de atendimento. Este número deve constar em todos os documentos, amostras, mapas de trabalho, relatórios e laudo final. Existem processos informatizados simples que geram um número pré-determinado de etiquetas, na dependência dos exames a serem realizados.
Serviços mais complexos fazem uso de etiquetas com código de barras que vinculam, de forma segura, a amostra em todas as fases do processo. Muitos dos equipamentos analíticos atualmente disponíveis conseguem identificar o paciente e reconhecer quais exames devem ser realizados naquela amostra.

Além disso, estão disponíveis no mercado equipamentos que, na fase de cadastro, geram as etiquetas e dispensam, em caixas individuais, os tubos necessários aos diferentes procedimentos e as respectivas etiquetas com códigos de barra, contribuindo, portanto, para maior segurança e rastreabilidade do processo. Um cuidado importante que os laboratórios devem ter na coleta do material do paciente é a adequada rastreabilidade dos insumos (tubos, seringas e agulhas) podendo, quando necessário, estabelecer uma ligação entre o material colhido e os lotes dos produtos utilizados no procedimento de coleta do sangue. O suprimento desses materiais pode ser controlado por meio de planilhas em que se pode anotar a data do suprimento, o lote e a validade, a fim de estabelecer um controle melhor e possibilitar, dessa forma, a investigação de falhas de fabricação do insumo e, consequentemente, falha na qualidade da amostra coletada.
O sistema de identificação adotado deve contemplar a possibilidade de geração de etiquetas adicionais, para os casos em que for necessário alíquotar a amostra original para ser enviada a diferentes áreas do laboratório, a outro laboratório ou ao armazenamento.
Recomenda-se que materiais não colhidos no laboratório sejam identificados como “amostra enviada ao laboratório”, e o laudo contenha essa informação. É importante verificar se o paciente está em condições adequadas para a coleta, especialmente no que se refere ao jejum e ao uso de eventuais medicações. Para a maioria dos exames de sangue, é necessário apenas um curto período de tempo em jejum, de 3 a 4 horas. Alguns exames requerem cuidados específicos quanto a dietas especiais, enquanto outros exigem condições peculiares, por exemplo, a necessidade de repouso antes da coleta de sangue, como exigido para a dosagem de prolactina ou de catecolaminas plasmáticas.
Nos exames de monitoração terapêutica, para permitir adequada interpretação dos resultados, algumas informações mais específicas devem ser obtidas no momento da coleta, como o horário da última medicação, bem como a dosagem e via de administração do medicamento. Dessa forma, o paciente não deve ser considerado um agente passivo do processo mas, sim, um dos integrantes da equipe. Para que possa desempenhar adequadamente essa função, ele deve receber, previamente, algumas informações referentes aos procedimentos da coleta de sangue, ao exame que será realizado e às condições nas quais ele deve se apresentar ao laboratório. De uma forma ideal, essas informações e instruções devem ser fornecidas por escrito e o paciente deve ter oportunidade de esclarecer eventuais dúvidas.
São aspectos relevantes, dentre outros, o tempo de jejum, a necessidade de abstenção de fumo e/ou álcool, o registro do uso contínuo de alguma medicação, a realização de algum procedimento diagnóstico ou terapêutico prévio. Objetivando evitar desconforto desnecessário, convém sempre informar ao paciente que a ingestão de água não interfere, não “quebra” o jejum, exceto em exames muito específicos.
Para obtenção de soro, o sangue é colhido em tubo sem anticoagulante e deixado coagular por um período de 30 a 60 minutos, à temperatura ambiente. Quando o tubo contiver gel separador, com ativador da coagulação, a espera pode ser de 30 a 45 minutos. Após este tempo, o tubo é centrifugado e a parte líquida, correspondente ao soro, é separada. O plasma é obtido pela centrifugação do sangue total anticoagulado. Quando for necessário o uso de sangue total ou plasma, utilizar anticoagulantes específicos, dependendo do exame a ser realizado.
Para alguns exames, além do anticoagulante, pode ser necessária a adição de um conservante. Cada uma destas frações do sangue se constitui na matriz ideal para a realização de exames específicos. Assim, por exemplo, para o hemograma, é utilizado sangue total, anticoagulado pela adição de ácido etilenodiaminotetraacético- EDTA; a dosagem de glicose é realizada no plasma obtido pela adição de EDTA e fluoreto de sódio e, para a dosagem de creatinina utiliza-se, em geral, soro.

Algumas substâncias podem ser dosadas tanto no soro quanto no plasma, ainda que existam diferenças entre os resultados obtidos, conforme descritos na Tabela 2.
As vantagens da utilização de plasma em relação ao soro incluem redução do tempo de espera para a coagulação, obtenção de maior volume de plasma do que de soro e ausência de interferência advinda do processo de coagulação. Os resultados são mais representativos do estudo in vivo, quando comparados aos do soro.
Há menor risco de interferência por hemólise, visto que a hemoglobina livre, em geral, está em mais baixa concentração no plasma do que no soro. As plaquetas permanecem intactas, não proporcionando pseudo-hipercalemia, como pode ocorrer no soro. Por outro lado, o plasma apresenta algumas desvantagens, como: alteração da eletroforese das proteínas, uma vez que contém fibrinogênio, que se revela como um pico na região de gamaglobulinas, podendo mascarar ou simular um componente monoclonal; potencial interferência método-dependente pelo fato de os anticoagulantes serem agentes complexantes e inibidores enzimáticos; por fim, a possibilidade de ocorrer cátioninterferência quando sais de heparina são usados, afetando, por exemplo, alguns dos métodos de dosagem de lítio e amônia.




Fonte: RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL
PARA COLETA DE SANGUE VENOSO
(2ª Edição)



12 de mai. de 2012

12 de maio - Dia do Enfermeiro


Parabéns à toda equipe de enfermagem :)

Pâncreas Endócrino - Insulina e Glucagon

PÂNCREAS ENDÓCRINO (Insulina e Glucagon)

Exócrino – ácinos que secretam sucos digestivos (enzimas) para o duodeno.
Endócrino – ilhotas de Langerhans – secretam insulina e glucagon diretamente para o sangue. Células beta secretam insulina, as alfa secretam glucagon e as delta somatostatina.
Insulina – ptn com 51 aminoácidos, tem que se ligar ao receptor de membrana para causar os efeitos intracelulares. Insulina liga-se ás subunidades alfa (extracelulares) que ativam as beta (intracelulares), provocando a fosforilação destas e conseqüente ativação, transformando-a em uma proteinoquinase, que causa a fosforilação de diversas enzimas intracelulares. 
Depois que a insulina liga-se aos seus receptores cerca de 80% das células do corpo tornam-se altamente permeáveis à glicose, principalmente as células musculares e adiposas, mas não se aplica para a maioria dos neurônios no cérebro.
A insulina promove a fusão de vesículas, à membrana citoplasmática, contendo proteínas transportadoras de glicose.
Efeitos sobre o metabolismo de carboidratos
A glicose absorvida via alimentação causa uma rápida secreção de insulina. Esta por sua vez, promove a captação, o armazenamento e a rápida utilização da glicose por quase todos os tecidos corporais, mas especialmente pelos músculos, tecido adiposo e fígado.
Efeito sobre o músculo
Durante grande parte do dia, o tecido muscular, para produzir sua energia, depende não da glicose, mas sim dos ácidos graxos. Em repouso as fibras musculares são muito pouco permeáveis à glicose, exceto quando a fibra é estimulada pela insulina. Entretanto, durante o exercício moderado ou intenso, as fibras musculares tornam-se muito permeáveis à glicose mesmo na ausência de insulina.
Armazenamento de glicogênio nos músculos 
Após as refeições e em repouso, os músculos absorvem a glicose e a maior parte é armazenada sob a forma de glicogênio ao invés de utilizar para fins energéticos.

Efeito sobre o Fígado
Um dos efeitos mais importantes da insulina é fazer com que a maior parte da glicose absorvida seja armazenada quase imediatamente no fígado sob a forma de glicogênio. Entre as refeições (período de jejum), o glicogênio é decomposto em glicose, que volta a ser liberada para o sangue para impedir uma hipoglicemia.

Etapas da ação da insulina:
(1)    A insulina inativa a fosforilase hepática, enzima que faz o glicogênio hepático se decompor em glicose.
(2)    Aumenta a capacidade de captação da glicose sanguínea pelos hepatócitos, através do aumento da atividade da glicoquinase, enzima que fosforila a glicose assim que a mesma entra no hepatócito. A glicose fosforilada não pode difundir-se de volta através da membrana celular.
(3)    Aumenta a atividade das enzimas que promovem a síntese do glicogênio.
O efeito global  de todas estas ações é o de aumentar a quantidade de glicogênio no fígado. O glicogênio pode chegar a constituir cerca de 5 a 6% da massa total do fígado, o que é equivalente a quase 100 gramas de glicogênio armazenado.
Liberação da glicose pelo fígado entre as refeições
(1)   A redução da glicose sanguínea faz o pâncreas diminuir sua secreção de insulina.
(2)   A falta de insulina reverte os efeitos citados acima, cessando a síntese adicional de glicogênio no fígado e impedindo a captação adicional de glicose sanguínea pelo fígado.
(3)   A falta de insulina, juntamente com o glucagon, ativa a enzima fosforilase, que promove a decomposição do glicogênio a glicose fosfato.
(4)    A enzima glicose fosfatase, que fora inibida pela insulina, agora é ativada (falta de insulina) e cliva o radical fosfato da glicose, permitindo que a glicose livre se difunda de volta para o sangue.
 
Normalmente, cerca de 60% da glicose, presentes em cada refeição, são armazenados no fígado dessa maneira, retornando posteriormente
O excesso de glicose no fígado que não pode ser convertido mais em glicogênio, é convertido em ácidos graxos sob o estímulo da insulina. Estes são acondicionados sob a forma de triglicerídeos nas VLDL, transportados pelo sangue até o tecido adiposo e depositados como gordura.
As células cerebrais são permeáveis à glicose e podem utiliza-la sem a intermediação da insulina. Estas utilizam normalmente apenas a glicose para fins energéticos. Por esta razão que o nível sanguíneo de glicose (glicemia) deve sempre ser mantido acima de um nível crítico. Quando a glicemia atinge níveis entre 20-50 mg/dl, ocorrem sintomas de choque hipoglicêmico, caracterizado por irritabilidade nervosa progressiva, convulsões e coma.
O transporte de glicose para as células adiposas é essencial para proporcionar a fração glicerol das moléculas de gordura neutra. Assim, por via indireta, a insulina promove a deposição de gordura nessas células.

Efeitos da Insulina sobre o Metabolismo Lipídico 


Efeitos do Excesso de Insulina
A insulina exerce vários efeitos distintos que acabam resultando no armazenamento de gordura no tecido adiposo.
(1)   Aumenta a utilização da glicose em muitos tecidos corporais, “poupando a gordura”.
(2)   Promove a síntese de ácidos graxos –quase toda nos hepatócitos – que são transportados por lipoproteínas até o tecido adiposo. Uma pequena parte da síntese ocorre nas próprias células adiposas.
Armazenamento de gordura nas células adiposas- A insulina exerce dois efeitos:
(1)   Inibe a ação da lipase sensível a hormônios. A lípase é responsável pela hidrólise de triglicerídeos já armazenados nos adipócitos, inibindo assim a liberação de ácidos graxos para o sangue.
(2)   Promove o transporte de glicose, através da membrana celular, para as células adiposas. Parte da glicose é utilizada para síntese de pequenas quantidades de ácidos graxos; o mais importante é a degradação da glicose para gerar a-glicerofosfato, que proporciona o glicerol que se combina com os ácidos graxos para formar os triglicerídeos (forma de armazenamento de gordura nos adipócitos). Por isso, na falta de insulina, fica bloqueado o armazenamento de grandes quantidades de ácidos graxos.
Maior utilização metabólica de gordura provocada pela falta de insulina
Lipólise das reservas de gordura e liberação de ácidos graxos livres durante a falta de insulina.
Lipase sensível a hormônios dos adipócitos é ativada – hidrólise dos triglicerídeos armazenados – liberação para o sangue de grande quantidade de ácidos graxos e glicerol – ácidos graxos livres tornam-se o principal substrato energético utilizado por praticamente todos os tecidos do corpo, exceto o cérebro.
Efeito da falta de insulina sobre as concentrações plasmáticas de colesterol e fosfolipídios
O excesso de ácidos graxos promove a conversão, pelo fígado, de alguns ácidos graxos em fosfolipídios e colesterol. As lipoproteínas plasmáticas aumentam até 03 vezes na ausência de insulina. Essa elevada concentração de lipídios – especialmente a alta conc. de colesterol - leva ao rápido desenvolvimento de aterosclerose em pessoas com diabetes grave.
A falta de insulina também acarreta a formação excessiva de ácido acetoacético nos hepatócitos, a partir dos ácidos graxos. Isto pode levar à acidose nos líquidos corporais.
Efeito da Insulina sobre o metabolismo Protéico e o Crescimento
A insulina também promove o aumento da síntese e armazenamento de proteínas. A insulina causa diversas alterações, tais como:
(1)   causa o transporte ativo de muitos aminoácidos para as células. Assim, compartilha com o hormônio do crescimento a capacidade de aumentar a captação de aminoácidos pelas células.
(2)   Aumenta a tradução do RNA mensageiro – síntese de novas proteínas.
(3)   Num período mais longo, aumenta a velocidade de transcrição de certos genes, originando mais RNAm e mais ptns – especialmente aquelas enzimas que atuam no armazenamento de carboidratos, lipídios e ptns.
(4)   Inibe o catabolismo de ptns, diminuindo a velocidade de liberação de aminoácidos pelas células, principalmente musculares.
 
Ação da Insulina sobre o Crescimento – por ser necessária para a síntese de ptns, é tão essencial para o crescimento do animal quanto o hormônio de crescimento. Os dois hormônios promovem o crescimento acentuando, mostrando que atuam de forma sinérgica. Talvez parte dessa necessidade de ambos os hormônios decorra da ação de cada um deles sobre a captação de aminoácidos diferentes pelas células.
Glucagon e suas funções
Ë um hormônio hiperglicêmico. Dois principais efeitos:
(1)   Decomposição do glicogênio hepático (glicogenólise)
(2)   Aumento da gliconeogênese



Resumo "Insulina e Glucagon"
Bioquímica - Prof. Ulisses