23 de dez. de 2010

Bacteriófagos

Os bacteriófagos são inimigos naturais das bactérias, eles também são chamados de "fagos". Sua descoberta aconteceu no início do século 20 e desde então vêm sendo explorados pelos pesquisadores.
Os bacteriófagos serviram essencialmente de modelo para o estudo dos mecanismos celulares fundamentais, como a replicação, a transcrição ou a regulação. Tornaram-se então mais um instrumento para a biotecnologia.
Foi o biólogo francês Félix d'Éller junto ao biólogo inglês Frederick Twort que em 1915 descobriram, independentemente, uma "partícula" capaz de destruir especificamente as bactérias. Tal fenômeno tem o nome de lise bacteriana e a "partícula" foi chamada assim "bacteriófago".


Resumo feito por Louise Schiatti da matéria "Bacteriófagos no Combate às Bactérias"
Por Laurent Debarbleux da revista
Scientific American Nº28
Matéria: http://www.megaupload.com/?d=PEO609XA

13 de dez. de 2010

Basta uma palavra de solidariedade para salvar toda uma vida










Glossário (Parasitologia)

*Agente Etiológico: É o agente causador ou responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto.
*Agente Infeccioso: Parasito, sobretudo, microparasitos (bactérias, fungos, protozoários, vírus etc.), inclusive helmintos, capazes de produzir infecção ou doença infecciosa.
*Antroponose: Doença exclusivamente humana. Por exemplo, a filariose bancrofiiana (“Elefantíase” causada pelo verme Wuchereria bancrofti), a necatorose (“amarelão” causado pelo verme Necator americanus), a gripe etc.
*Antropozoonose: Doença primária de animais, que pode ser transmitida aos humanos. Exemplo: brucelose, na qual o homem é um hospedeiro acidental.
*Cepa: Grupo ou linhagem de um agente infeccioso, de ascendência conhecida, compreendida dentro de uma espécie e que se caracteriza por alguma propriedade biológica e/ou fisiológica. Ex.: a cepa “Laredo" da E. histolytica se cultiva bem a temperatura ambiente, com média patogenicidade.
*Endemia: É quando se tem a prevalência de um número esperado de uma determinada patologia.
*Epidemia: É quando se supera o número de casos esperados de uma determinada patologia.
*Epidemiologia: É o estudo da distribuição e dos fatores determinantes da frequência de uma doença (ou outro evento). Isto é, a epidemiologia trata de dois aspectos fundamentais: a distribuição (idade, sexo, raça, geografia etc.) e os fatores determinantes da freqüência (tipo de patógeno, meios de transmissão etc.) de uma doença.
*Fase Aguda: É aquele período após a infecção em que os sintomas clínicos são mais marcantes (febre alta etc.). É um período de definição: o indivíduo se cura, entra na fase crônica ou morre.
*Fase Crônica: É a que se segue a fase aguda; caracteriza- se pela diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o agente infeccioso. O número do parasitos mantém uma certa constância. E importante dizer que este equilíbrio pode ser rompido em favor de ambos os lados.
*Fômite: É representado por utensílios que podem veicular o parasito entre hospedeiros. Por exemplo: roupas, seringas, espéculos etc.
*Hábitat: É o ecossistema, local ou órgão onde determinada espécie ou população vive. Ex.: O Ascaris lumbricoides tem por hábitat o intestino delgado humano.
*Hospedeiro: É um organismo que alberga o parasito. Exemplo: o hospedeiro do Ascaris lumbricoides é o ser humano.
*Hospedeiro Definitivo: É o que apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual.
*Hospedeiro Intermediário: É aquele que apresenta o parasito em fase larvária ou assexuada.
*Hospedeiro Paratênico ou de Transporte: É o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento, mas permanece encistado até que o hospedeiro definitivo o ingira. Exemplo: Hymenolepis nana em coleópteros.
*Parasitemia: Reflete a carga parasitária no sangue do hospedeiro.
*Parasitismo: É a associação entre seres vivos, em que existe unilateralidade de benefícios, sendo um dos associados prejudicados pela associação. Desse modo, o parasito é o agressor, o hospedeiro é o que alberga o parasito. Podemos ter vários tipos de parasitos:
*Endoparasito: O que vive dentro do corpo do hospedeiro. Exemplo: Ancylostoma duodenale. *Ectoparasito: O que vive externamente ao corpo do hospedeiro. Exemplo: Pediculus humanus (piolho).
*Parasito Acidental: É o que parasita outro hospedeiro que não o seu normal. Exemplo: Dipylidium caninum, parasitando criança.
*Parasito Errático: É o que vive fora do seu hábitat normal.
*Parasito Estenoxênico: É o que parasita espécies de vertebrados muito próximas. Exemplo: algumas espécies de Plasmodium só parasitam primatas; outras, só aves etc.
*Parasito Eurixeno: É o que parasita espécies de vertebrados muito diferentes. Exemplo: o Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves.
*Parasito Monoxênico: É o que possui apenas o hospedeiro definitivo. Exemplos: Enterobius vermicularis (Oxiúros / método de Graham) A. lumbricoides.
*Partenogênese: Desenvolvimento de um ovo sem interferência de espermatozóide. Ex.: Strongvloides stercoralis.
*Patogenia ou Patogênese: É o mecanismo com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro. Ex.: O Schistosoma mansoni provoca lesões no organismo através de ovos, formando granulomas.
*Patognomônico: Sinal ou sintoma característico de uma doença. Ex.: sinal de Romana, típico da doença de Chagas.
*Período de Incubação: É o período decorrente entre o tempo de infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. Ex.: esquistossomose mansoni-penetração de cercária até o aparecimento da dermatite cercariana (24 horas).
*Periodo Pré-Patente: É o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso. Ex.: esquistossomose mansoni-período entre a penetração da cercária até o aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis), aproximadamente, 43 dias.
*Premunição ou Imunidade Concomitante: É um tipo especial do estado imunitário ligado a necessidade da presença do agente infeccioso em níveis assintomáticos no hospedeiro. Normalmente, a premunição é encarada como sendo um estado de imunidade que impede reinfecções pelo agente infeccioso específico. Ex.: na malária, em algumas regiões endêmicas, o paciente apresenta-se em estado crônico constante, não havendo reagudização da doença. Existe um equilíbrio perfeito entre o hospedeiro o hóspede.
*Profilaxia: É o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle de doenças ou fatos prejudiciais aos seres vivos. Essas medidas são baseadas na epiderniologia de cada doença. (Prefiro usar os termos "profilaxia", quando uso medidas contra uma doença já estabelecida e "prevenção", quando uso medidas para evitar o estabelecimento de uma doença).
*Reservatório: São o homem, os animais, as plantas, o solo e qualquer matéria orgânica inanimada onde vive e se multiplica um agente infecioso, sendo vital para este a presença de tais reservatórios.
*Vetor: É um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros.
*Vetor Biológico: É quando o parasito se multiplica ou se desenvolve no vetor. Exemplos: o T. cruzi, no T. infestans.
*Vetor Mecânico: É quanto o parasito não se multiplica nem se desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte.
*Virulência: É a severidade e rapidez com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro. Ex.: A E. histolytica pode provocar lesões severas, rapidamente.

Introdução à Microbiologia - Parte I

Micologia

Ramo da biologia dedicado ao estudo dos fungos, que são organismos heterotróficos de variadas dimensões. Possuem tamanhos consideráveis como os cogumelos e também tamanhos microscópicos como as leveduras e bolores.
Durante muitos anos a Micologia teve pouca expressão na área médica, possivelmente pela falta de diagnóstico adequado. Ultimamente, o número de pacientes suscetíveis aos mais variados tipos de infecções tem aumentado significantemente. Com esse crescimento, as infecções fúngicas vêm se tornando mais  freqüentesO diagnóstico de uma infecção fúngica tem por base a combinação de dados clínicos e  laboratoriais. O processo laboratorial inclui: demonstração do fungo no material examinado por microscopia e cultura, detecção de anticorpos específicos e detecção de antígenos e metabólitos liberados pelo fungo nos líquidos corpóreos ou tecidos.
As micoses podem ser divididas em:
Superficiais:
· Pitiríase versicolor
· Piedra branca
· Piedra negra
Cutâneas:
· Dermatofitoses
· Candidíase
Subcutâneas:
· Cromomicose,
· Esporotricose
· Micetoma (eumicetoma e actinomicetoma)
· Zigomicose
· Rinosporidiose
· Doença de Jorge Lobo
· Feo-hifomicose
· Hialo-hifomicose
Sistêmicas:
· Paracoccidioidomicose
· Histoplasmose
Oportunistas:
· Criptococose
· Aspergilose

4 de dez. de 2010

"A definição de vida acaba de se expandir"

Nasa anuncia a descoberta de bactérias que crescem em ambiente cheio de arsênio, tóxico para a maioria dos seres vivos. Novidade amplia a busca por vida extraterrestre.
Agência FAPESP – As chances de existir vida em outros planetas acaba de aumentar. Pelo menos de acordo com o anúncio feito na tarde desta quinta-feira (2/12) pela Nasa, a agência espacial norte-americana, que destaca a descoberta de um organismo que cresce onde não se imaginava que pudesse existir vida.
O anúncio, transmitido para todo o mundo pela internet, refere-se ao estudo feito por Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da Nasa, e colegas e publicado na nova edição da revista Science.
Os cientistas descobriram uma bactéria (linhagem GFAJ-1 da família Halomonadaceae) capaz de sobreviver e de prosperar em um ambiente cheio de arsênio. O elemento químico, até então, era considerado altamente tóxico a todos os seres vivos.
Da baleia à bactéria Escherichia coli, passando pelo homem e todos os mamíferos, os organismos terrestres dependem dos mesmos seis elementos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, fósforo e enxofre.
A bactéria que acaba de ser descrita é a primeira exceção. E essa inusitada forma de vida não foi encontrada em outro planeta, como inicialmente deu a entender o aviso feito pela Nasa no início da semana, de que divulgaria “uma descoberta em astrobiologia que impactará a busca por evidência de vida extraterrestre”. A bactéria foi encontrada mesmo no hipersalino e altamente tóxico lago Mono, na Califórnia.
Não é uma vida extraterrestre, mas, segundo a Nasa, a descoberta amplia a busca por formas de vida desconhecidas, tanto na Terra como fora dela. Até agora, a busca tem se voltado a planetas com circunstâncias semelhantes às que se consideravam fundamentais para a existência de vida.
Ambientes venenosos – pelo menos para a maior parte dos habitantes da Terra –, como lotados de arsênio, passam a contar. A bactéria é a mais nova personagem entre os organismos extremófilos, capazes de sobreviver em condições extremas e prejudiciais à maioria das formas de vida terrestres.
Após recolher amostras da bactéria no lago californiano, Felisa e colegas realizaram experimentos em laboratório com o organismo. Verificaram que a GFAJ-1 foi capaz de transformar arsênio em fosfatos e até mesmo dispensar o fósforo. O arsênio substituiu o fósforo até mesmo no DNA da bactéria, que continuou a crescer.
"Conhecíamos microrganismos capazes de respirar arsênio, mas agora encontramos um que faz algo totalmente novo: constrói partes de si mesmo com arsênio. Se algo aqui na Terra pode fazer algo tão inesperado, o que mais a vida pode fazer que ainda não vimos?”, disse Felisa.
“A definição de vida acaba de se expandir. À medida que prosseguimos em nossos esforços para procurar por sinais de vida no Sistema Solar, teremos que pensar mais ampla e diversamente e considerar vidas de que não tínhamos conhecimento”, disse Ed Weiler, administrador da divisão de ciência da Nasa.


O artigo A Bacterium that Can Grow by Using Arsenic Instead of Phosphorus (10.1126/science.1197258),
de M.Thomas Gilbert e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/science.1197258.






2 de dez. de 2010

Indicadores de Saúde

Os indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar a quantificação e a avaliação das informações produzidas com tal finalidade. 
Em termos gerais, os indicadores são medidas que contêm informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.
Os indicadores devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer.
A Organização Mundial da Saúde formou, nos anos 50, um Comitê para definir os métodos mais satisfatórios para definir e avaliar o nível de vida. Na impossibilidade de construir um índice único, o Comitê sugeriu que fossem considerados separadamente 12 componentes passíveis de quantificação:
1. Saúde, incluindo condições demográficas
2. Alimentos e nutrição
3. Educação, incluindo alfabetização e ensino técnico
4. Condições de trabalho
5. Situação de emprego
6. Consumo e economia gerais
7. Transporte
8. Moradia, incluindo saneamento e instalações domésticas
9. Vestuário
10. Recreação
11. Segurança social
12. Liberdade humana

As principais modalidades de indicadores de saúde são:
• Mortalidade / sobrevivência
• Morbidade / gravidade / incapacidade
• Nutrição / crescimento e desenvolvimento
• Aspectos demográficos
• Condições socioeconômicas
• Saúde ambiental
• Serviços de saúde.

Mortalidade
Foi o primeiro indicador usado. É fácil de operar: a morte é clara e objetivamente definida e cada óbito tem de ser registrado (nem sempre – ainda há cemitérios clandestinos em muitos pequenos municípios e especialmente óbitos de recém-nascidos deixam de ser registrados). Há numerosos indicadores baseados na mortalidade.
Limitações
• A morte é o último evento do processo saúde/doença e reflete imperfeitamente o processo.
• Agravos/danos de baixa letalidade (dermatologia, oftalmologia, doença mental) são mal representados nas estatísticas de mortalidade.
• Somente uma pequena parcela da população morre a cada ano (em geral, menos de 1%). Ao se estudar, por exemplo, a saúde escolar, morrem pouquíssimas crianças matriculadas na rede escolar.
• Mudanças nas taxas ao longo do tempo são em geral muito pequenas e a mortalidade é pouco útil nas avaliações de curto e médio prazo.


Morbidade
É um conhecimento essencial, que permite:
*Inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas.
*Obter indicações para investigações de seus fatores determinantes.
*A escolha de ações adequadas. 
*Conhecer mudanças numa situação de saúde no curto prazo (febre amarela no RJ).

Fontes de dados
Dependem do momento na cadeia de eventos que se pretende estudar:



Registros clínicos
Alcançam somente os dois últimos ou no máximo os 3 últimos eventos da cadeia. É o caminho mais fácil para conhecer a saúde da população: resumos de altas hospitalares, registros de consultas externas, arquivos de dados de doentes: prontuários, protocolos, atestados, laudos, notificações compulsórias, resultados de exames.
• Nem sempre são completos ou confiáveis.
• São de baixo custo e permitem rapidez na investigação.
• As pessoas percebem a doença em graus diferentes, portanto muitas podem estar doentes e não estar representadas num registro.
• A existência ou não do atendimento (e, portanto, do registro) depende do tipo de agravo, do sexo, da idade, da classe social.
• Sua existência depende, como é óbvio, da existência de serviços.

Inquéritos
Na falta de sistemas rotineiros adequados ou quando não se costuma registrar a informação desejada é necessário ouvir e/ou examinar diretamente as pessoas, seja por recenseamento (todas as pessoas) ou por amostragem.
Nos diferentes inquéritos de morbidade, as freqüências de morbidade não são as mesmas, mas são semelhantes: a maioria da população não teve problemas no período estudado, uma parte relatou problemas; dessas pessoas, apenas uma parte procurou atendimento. Dessas, uma pequena parte chegou a ser internada. No inquérito nacional de morbidade da Colômbia, de cada mil pessoas apenas 2 foram hospitalizadas. Pode-se perceber daí, a dificuldade do ensino de Medicina se realizado apenas em hospitais.
Quais as causas das diferenças nos resultados dos inquéritos de morbidade?
• Variação regional da morbidade
• Aspectos conceituais e metodológicos (pontos de corte, por exemplo)
• Se é morbidade referida, ou se houve exame clínico ou laboratorial
• Fonte (paciente internado ou entrevista domiciliar)
• Tempo sobre o qual o inquérito é feito
• Definição de “caso”
• Forma de seleção da amostra

Gravidade do dano
O tipo de agravo, a mortalidade, a letalidade, a incidência de complicações, seqüelas, o órgão ou aparelho acometido. Para avaliar a gravidade, vale saber se trata de agravo infeccioso ou não-infeccioso. Em regiões menos desenvolvidas prevalecem doenças infecciosas, carências e pré-natais. Já em áreas mais desenvolvidas o predomínio é de doenças crônico-degenerativas. Assim, a estrutura da morbidade (o perfil patológico) permite inferir o nível de saúde e até mesmo o grau de desenvolvimento de uma região.
Servem também para avaliar gravidade a restrição de atividades, a hospitalização, o absenteísmo, o confinamento ao leito, a incapacidade permanente.
Os indicadores de gravidade são geralmente escalas de risco ou protocolos que atribuem pontos a certos aspectos da evolução do quadro clínico.

Indicadores nutricionais
As diferentes medidas de avaliação podem ser agrupadas em:
• Avaliação indireta do estado nutricional
- mortalidade de crianças de 1 a 4 anos
- mortalidade infantil
- mortalidade infantil tardia
- renda per capita
- disponibilidade de alimentos
• Avaliação direta do estado nutricional
- avaliações dietéticas (inquéritos dietéticos e cálculo de consumo de nutrientes)
- avaliações clínicas (antropométrica: peso, comprimento/estatura, perímetro cefálico, pregas cutâneas, IMC)
- avaliações laboratoriais (metabolismo do ferro, vitaminas lipossolúveis ou de acumulação)
A dificuldade geral nestas últimas e estabelecer o “padrão de referência” ou o “ponto de corte” para os indicadores.

Indicadores demográficos
Além da mortalidade, as grandes variáveis demográficas são a natalidade, a fecundidade e as migrações. Os indicadores mais usados são a esperança de vida ao nascer, fecundidade, natalidade, a estrutura etária e a distribuição por sexo da população. A simples divisão da população nas faixas etárias zero a 14 anos (pop. jovem); 15 a 64 anos (pop. economicamente ativa) e 65 anos e mais (pop. idosa) servem de base para inferir o nível de vida: predomínio da população jovem sobre a idosa indica piores condições de vida e de saúde. Já o predomínio da população idosa sobre a jovem ocorre em populações de melhor nível de vida e saúde. Permite também estimar demandas: no primeiro caso por serviços de saúde materno-infantil, pré-natal, saúde da criança, unidades do ensino fundamental, ao passo que no segundo caso, a expectativa é uma maior demanda por serviços de atenção cardiovascular, hospitalizações, medicamentos de uso contínuo, etc..

Indicadores ambientais
Condições de moradia e do Peri domicílio são estreitamente ligadas com o nível socioeconômico da população. Isso também se aplica em relação à cobertura e qualidade do saneamento básico (abastecimento de água, coleta de esgotos, de lixo e destinação das águas pluviais). É muito usada como indicador de saúde a proporção da população que dispõe de um sistema adequado de água, esgoto e lixo.

Indicadores relativos a serviços de saúde
São muitos os indicadores relativos ao que ocorre na assistência à saúde. Eles podem ser agrupados em indicadores de insumos, de processo e de impacto. Indicadores de insumo:
*Recursos humanos e materiais: número de médicos, dentistas, enfermeiros, leitos gerais, leitos de UTI, em geral por mil habitantes. Leitos de UTI neonatal por mil nascimentos.
*Recursos financeiros: gastos com saúde no Brasil. Em geral calculam-se os gastos como porcentagem do PIB ou dividindo os gastos per capita. A maioria dos países do terceiro mundo (Brasil inclusive) gasta menos de 5% do PIB com saúde.
*Distribuição dos recursos financeiros. Calcula-se qual a proporção dos recursos que vai para a atenção primária e qual a que vai para os demais níveis. Entre nós, enormes porções dos recursos vão para ações especializadas (curativas), nos hospitais de maior complexidade.

Indicadores de processo
Referem-se a detalhes do processo que conduz à manutenção da saúde ou à recuperação da doença. Exs: proporção de gestantes que fazem pré-natal, proporção de gestantes com 6 consultas e mais na gravidez, proporção de gestantes inscritas no primeiro trimestre.

Indicadores de impacto (ou de resultado)
Muitas das ações e serviços de saúde têm validade intrínseca, indiscutível, porém cada vez mais os planejadores e gestores buscam evidências de quais benefícios decorrem dos investimentos no setor. É muito difícil distinguir e controlar o impacto dos serviços de saúde na melhoria das condições de saúde. Nos anos 80 e 90, a grande diminuição da mortalidade infantil, com ênfase nas mortes causadas pelas gastrenterites, deveu-se principalmente ao aumento da cobertura de saneamento básico, e neste, acesso à água tratada de boa qualidade (e, portanto, fatores externos ao setor saúde).
Ainda hoje o efeito da disponibilização de água tratada sobre a mortalidade infantil pode ser visto nos estados menos desenvolvidos da Região Nordeste.

19 de nov. de 2010

Equipe de cientistas usa vírus para converter metano em etileno

Uma equipe de biólogos moleculares e cientistas da matéria afirmou ter projetado geneticamente um vírus para converter metano em etileno, de forma mais eficiente e em temperaturas significativamente mais baixas do que era possível anteriormente. Caso eles consigam comercializar o novo material, isso anunciará a chegada de um conjunto de novas tecnologias representando a síntese da biologia molecular e da química industrial.
O etileno, um gás com odor tipicamente doce que pode ter gerado percepções ao Oráculo de Delfos, é amplamente usado na fabricação de plásticos, solventes e fibras, e é parte essencial para uma série de produtos industriais ou de consumo. Mas ele ainda é produzido pela quebra de vapor, um processo industrial caro, que exige altas temperaturas e intensa energia, desenvolvido no século 19. Nesse processo, hidrocarbonetos encontrados no petróleo bruto são quebrados numa cadeia de compostos químicos mais simples. A busca por abordagens mais eficientes e menos caras à produção de etileno já ocorre há mais de três décadas e, mesmo com alguns progressos, até agora nenhuma técnica nova se mostrou comercialmente viável.
Agora, pesquisadores da Siluria Technologies, uma nova empresa do Vale do Silício estabelecida aqui, estão relatando progressos em comercializar uma abordagem baseada na nanociência para a produção de etileno. Sua técnica para produzir etileno depende da habilidade de um vírus, geneticamente projetado, de se revestir com um metal que serve como catalisador para uma reação química produtora de etileno.
A chave é que o vírus consegue criar um “entrelaçamento de nanofios catalisadores revestidos” – os pesquisadores chamam isso de bola de pelos -, que proporciona uma área de superfície tão grande para a ocorrência de reações químicas, que a energia necessária para produzir essas reações é imensamente reduzida.
O processo básico, ou reação química, conhecido como união oxidante de metano, foi uma área de intensas pesquisas para a indústria petroquímica incipiente no final dos anos 1980. Pesquisadores obtiveram algum sucesso, mas nunca conseguiram um aprimoramento suficiente em eficiência de energia para justificar o fim do processo tradicional de quebra de vapor.
A empresa Siluria, com suas bolas de pelo de nanofios revestidos com um óxido de metal não especificado (eles não dizem qual é o metal, mas o descrevem como similar ao óxido de magnésio), alega ter conseguido criar reações produtoras de etileno a temperaturas de 100 a 150 graus mais baixas do que as atingidas anteriormente, segundo Erik Scher, químico que é um dos pesquisadores da empresa.
O trabalho é baseado numa técnica de desenvolvimento genético de vírus, criada por Angela Belcher, que lidera o Grupo de Materiais Biomoleculares no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). A técnica envolve a manipulação dos genes de um vírus, neste caso um que geralmente ataca bactérias, de forma que ele colete e se encape com materiais inorgânicos ¿ como metais e nanotubos de carbono.
Os vírus podem ser usados para criar um denso entrelaçamento de nanofios de metal, e as potenciais aplicações para esses materiais são incrivelmente diversas. O laboratório de Belcher está trabalhando em pesquisas sobre baterias e células solares mais eficientes, biocombustíveis, separação de hidrogênio e outras tecnologias de células de combustíveis, sequestro de carbono, diagnósticos de câncer e abordagens terapêuticas, além de um esforço para criar um catalisador que possa converter etanol em hidrogênio em temperatura ambiente.
No ano passado, o laboratório publicou um artigo, na revista Science, que descrevia o uso de um vírus para sintetizar nanofios de óxido de cobalto em temperatura ambiente, visando aprimorar a capacidade de baterias pequenas e flexíveis de íon lítio. Em abril, os pesquisadores do MIT desenvolveram um vírus para imitar a fotossíntese e produzir hidrogênio em temperatura ambiente ao separar moléculas de água.
Belcher afirmou que seu objetivo não era a comercialização das potenciais novas tecnologias projetadas por ela. “Nós pensamos: Qual é o problema que precisa de solução?, e caminhamos nessa direção”, afirmou ela.
Por outro lado, os pesquisadores da Siluria declararam que seus avanços em desenvolver catalisadores é o passo mais significativo para comercializar a técnica bacteriófaga.
“Estamos aprendendo com a natureza, mas indo a novos lugares da tabela periódica e trabalhando com as mesmas ferramentas e técnicas de uso de materiais com que a natureza não trabalhou”, disse Alex Tkachenko, biólogo molecular e co-fundador da Siluria.
“O que mudou hoje”, explicou Tkachenko, “é que a tecnologia biossintética de Angie permite que cultivemos esses catalisadores de maneira sintética, em formatos inovadores – nanofios – que, por sua vez, nos permitem criar morfologias únicas de superfícies”. Os pesquisadores reconhecem ainda não possuir uma compreensão científica completa do comportamento da superfície em seu novo catalisador. David Wells, investidor do mercado de ações, montou a Siluria graças ao trabalho que havia presenciado no laboratório de Belcher.
“Estas são as próximas gerações que evoluirão para materiais e sistemas, algo que nem conseguimos imaginar atualmente”, disse Mehmet Sarikaya, diretor do Centro de Engenharia e Ciência de materiais Geneticamente Desenvolvidos, na Universidade de Washington.
O laboratório de Sarikaya está realizando pesquisas similares na criação de materiais, como proteínas e peptídeos menores que conseguem imitar processos biológicos.

Infecção pelos vírus da Dengue em monócitos/macrófagos: efeitos na expressão de citocinas

Pesquisador Principal: Dra. Maria Isabel Liberto


Os monócitos/macrófagos (MO/Mf) são as principais células produtoras dos vírus da Dengue. Autores demonstraram a influência de citocinas liberadas por MO/Mf (monócitos/macrófagos), infectados pelos vírus da Dengue, sobre as populações de células endoteliais e hematopoiéticas. Portanto, as interações dos vírus da Dengue com MO/Mf devem ter um papel fundamental na patogênese da doença . Culturas primárias de MO/Mf obtidas a partir de sangue total humano, são susceptíveis à infecção pelos vírus da dengue tipo 2, secretando várias citocinas e quimiocinas. Níveis séricos elevados de certas citocinas estão presentes durante a infecção por esse tipo de vírus, portanto, é importante investigar as citocinas liberadas pelos MO/Mf infectados. O projeto visa amplificar, purificar e caracterizar, antigênica e molecularmente, as amostras de vírus da Dengue propagadas em culturas de MO/Mf; caracterizar as preparação purificadas, por microscopia eletrônica, título infeccioso, teor protéico e relação partícula/PFU e analisar a indução de interferons e de outras citocinas durante as infecções produtivas e abortadas.

8 de nov. de 2010

Briófitas

Briófitas são vegetais, na maioria terrestres, apresentando características que as separam das algas e das plantas vasculares. Seus gametângios são pluricelulares, com uma camada estéril (epiderme) que protege as células sexuais da dessecação, sendo esta uma adaptação à vida no ambiente terrestre. Em algumas, possuem células especializadas para a condução de água (hidróides) e de elementos fotossintetizados (leptóides). O corpo vegetativo é trófico corresponde ao gametófito haplóide (n), sendo que o esporófito diplóide (2n) cresce sobre este e tem vida efêmera. São vegetais relativamente pequenos, habitando ambientes mésicos, xéricos e higrófilos, tendo alguns representantes aquáticos continentais. Crescem em uma variedade de substratos, naturais ou artificiais, sob diversas condições microclimáticas. Abrigam vasta comunidade biótica, como pequenos animais, algas, fungos, mixomicetos, cianobactérias e protozoários. Propiciam condições, em muitos ambientes, para o desenvolvimento de plantas vasculares devido à capacidade de reter umidade.

Características básicas:

• Possuem clorofila a e b;

• Possuem amido como polissacarídeo de reserva;

• As células possuem parede (composta por celulose);

• Presença de cutícula;

• Ciclo de vida diplobionte heteromórfico, esporófito parcial ou completamente dependente do gametófito;

• Reprodução oogâmica;

• Esporófito não ramificado, com um único esporângio terminal;

• Gametângio e esporângios envolvidos por camada de células estéreis.

Morfologia

As briófitas são diplobiontes, apresentando alternância de gerações heteromórfica entre gametófito ramificado, fotossintetizante e independente e esporófito não ramificado e ao menos parcialmente dependente do gametófito. A partir da meiose ocorrida em estruturas especiais do esporófito surgem os esporos que ao germinarem originam os gametófitos. Os esporos podem originar diretamente a planta que produzirá as estruturas reprodutivas, normalmente ereta ou originar primeiro um fase filamentosa, com filamento unisseriado, ramificado, com paredes transversais oblíquas ao eixo longitudinal (protonema), que dará origem a parte ereta. Os gametófitos podem ser divididos em rizóides, filídios e caulídios. Os mais simples não apresentam diferenciação entre filídio e caulídio e geralmente são prostrados, sendo denominados talosos, enquanto aqueles onde onde se distinguem essas estruturas, normalmente eretos, são denominados folhosos. No ápice dos gametófitos surgem estruturas de reprodução características, denominados arquegônios, onde se diferencia o gameta feminino (oosfera) e anterídios, onde se diferenciam os gametas masculinos (anterozóides). Nas briófitas o zigoto germina sobre a planta mãe e o esporófito resultante permanece ligado a ela durante toda a sua vida, apresentando dependência parcial ou total. Os Esporófitos nunca são ramificados e apresentam diferentes graus de complexidade segundo o grupo a que pertencem, podendo ser divididos em pé, seta e cápsula. O pé apresenta-se imerso no tecido do gametófito e é responsável pela absorção de substâncias. Sustentado pela seta encontra-se o esporângio terminal, denominado cápsula, apresentando um envoltório de tecido externo com função de proteção, sendo os esporos diferenciados por meiose a partir de camadas internas (tecido esporógeno). Em certos casos, quando a cápsula apresenta deiscência transversal, observa-se um opérculo que se destaca para permitir a passagem dos esporos. A cápsula pode estar parcial ou totalmente coberta pela caliptra que é formada por restos do tecido do arquegônio transportados durante o desenvolvimento do esporófito, e fornece uma proteção adicional. O esporófito, embora sempre dependente do gametófito pode, em certas classes de Bryophyta (Anthocerotae e Musci), realizar fotossíntese, ao menos durante o início do seu desenvolvimento.

Reprodução

As briófitas podem apresentar três tipos de reprodução:

1. Gamética: Em condições adequadas de umidade, os anterozóides pequenos e biflagelados são liberados pelo rompimento da parede do anterídio, enquanto as células do canal do arquegônio rompem-se, liberando um fluido que direciona os anterozóides até a oosfera, havendo então a fecundação;

2. Espórica: A liberação dos esporos ocorre através de movimentos higroscópicos dos dentes do peristômio. Esses movimentos são devidos a variação da umidade do ar;

3. Vegetativa - 4 formas de reprodução:

• Fragmentação: desenvolvimento de fragmentos do talo em outro indivíduo.

• Gemas (ou propágulos): estruturas especialmente diferenciadas, com forma definida, que darão origem a um novo indivíduo. As gemas são produzidas dentro de estrutas em forma de taça denominadas conceptáculos.

• Aposporia: desenvolvimento do esporófito em gametófito sem que ocorra meiose. Normalmente ocorre a partir de um fragmento da seta cuja regeneração origina um gametófito. Pode resultar na formação de organismos poliplóides.

• Apogamia: desenvolvimento do gametófito em esporófito sem que haja fecundação. Pode ocorrer não apenas a partir de gametas, mas também de filídios ou do própio protonema.


Classificação

Na antigüidade, o termo "muscus" era utilizado por estudiosos gregos e romanos englobando, além das briófitas propriamente ditas, os líquens e algumas algas, plantas vasculares e mesmo invertebrados. Embora na Renascença alguns autores tenham estudado gêneros de interesse médico, Dillenius (1741) em sua obra "Historia Muscarum" foi o primeiro autor a estudar esses organismos de forma mais compreensiva. No entanto, o trabalho interpreta erroneamente a cápsula (esporângio) como antera e os esporos como grãos de pólen. Em função disso, Linnaeus (1753) em "Species Plantarum" classifica as briófitas como próximas a angiospermas. A interpretação correta das estruturas encontradas nesses vegetais, não apenas referntes ao esporófito, mas também ao ciclo de vida, a função de anterídios e arqugônios foi dada por Hedwig (1801), permitindo o estabelecimento de bases mais corretas para sua classificação. Atualmente briófitas são separadas pela maioria dos autores em 3 classes, Hepaticae, Anthoceotae e Musci (eg. Schofield, 1985). Outros autores tratam essas 3 classes como Divisões.

• Classe Hepaticae: hepatos (grego)-fígado. É constituída por cerca de 300 gêneros e 10.000 espécies;

• Classe Anthocerotae: anthos (grego)-flor. É constituída por apenas 4 gêneros e 300 espécies;

• Classe Musci: muscus (latim)-musgo. É constituída por cerca de 700 gêneros e 14.000 espécies.

2 de nov. de 2010

Futebol


 


O PAPEL DO SNC NA FORMAÇÃO DE CRAQUES

No futebol moderno só entra em campo o profissional treinado, alimentado, moldado, conscientizado para superar os limites de velocidade, agilidade, fôlego e potência do chute. Foi-se o tempo que o esporte era conhecido apenas pela garra e talento dos atletas naturalmente bem dotados.
Hoje, jogadores com visão de jogo e que dominam a bola devem ter essas qualidades somadas à habilidade de correr atrás do adversário como “felino” e de evitar ser derrubado por um “safanão”. E por isso é necessário que se desenvolva fisicamente um jogador técnico, para que ele não seja anulado por um atleta não-técnico que tenha preparo físico.
No processo de formação do jogador técnico, vários sistemas corporais estão envolvidos. Analisaremos, aqui, o envolvimento do sistema nervoso central (SNC) nesse processo de formação.

O nível mais alto, representado pelas áreas de associação do neocórtex e pelos gânglios basais do encéfalo (núcleo caudado, Putamen, núcleo Pálido), está envolvido com a estratégia: a finalidade e a estratégia do movimento que melhor atinge a meta. O nível Intermediário, representado pelo córtex motor e pelo cerebelo, está relacionado com a tática: as seqüências de contrações musculares, arranjadas no espaço e no tempo, necessárias para ativar, de forma suave e acurada, a meta estratégica. O nível mais baixo, representado pelo tronco encefálico e pela medula espinhal, guarda relação com a execução: ativação do neurônio motor e de conjuntos de interneurônios (neurônios de associação) que geram o movimento direcionado à meta e faz qualquer ajuste postural que seja necessário.



 




Para avaliar as diversas contribuições dos três níveis hierárquicos ao movimento, considere as ações de um atacante-cobrador de pênalti parado em frente ao gol, pronto para lançar a bola. Com base na visão, audição, sensação exata acerca de onde o corpo está no espaço, estratégias devem ser delineadas para mover o corpo do estado atual para um outro, no qual o lançamento é realizado e o efeito desejado obtido. Várias opções – um lançamento curvo, um lançamento rápido, um lançamento articulado, entre outros – estão disponíveis, e essas alternativas são filtradas através dos gânglios basais e de volta ao córtex até que a decisão seja tomada baseada, em grande parte, na experiência. As áreas motoras do córtex e do cerebelo tomam, então, a decisão tática (jogar a bola ao gol) e enviam instruções para o tronco encefálico e para a medula espinhal. A ativação de neurônios no tronco e na medula levam, então, à execução do movimento. A ativação, em tempo apropriado, de neurônios motores (motoneurônios) na região lombar, gera um movimento coordenado da coxa, perna e pés, enquanto ajustamentos posturais na região cervical e torácica evitam que o jogador caia durante o lance.
Enquanto isso, neurônios motores do tronco encefálico do goleiro são ativados para manter seus olhos fixos na posição do atacante, enquanto seu corpo e sua cabeça se movem

Hierarquia do controle motor





De acordo com as leis da física, o movimento de uma bola arremessada no espaço é balístico, isto é, uma trajetória que não pode ser alterada. O movimento do jogador quando lança a bola também pode ser descrito como balístico, pois uma vez iniciado não pode ser alterado.
Informações sensoriais antes do movimento ser iniciado são essenciais para determinar a posição inicial dos membros inferiores e do tronco e para antecipar qualquer mudança na resistência durante o arremesso da bola. E informação sensorial durante o movimento também é importante – não necessariamente para o movimento que está sendo executado, mas para melhorar movimentos similares subseqüentes.
No nível mais alto, a informação sensorial gera uma imagem mental do corpo e sua relação com o ambiente. No nível intermediário, as decisões táticas são baseadas nas memórias das informações sensoriais de movimentos passados. No nível mais baixo, a retroalimentação sensorial é utilizada para manter a postura, a extensão muscular e a tensão antes e após cada movimento voluntário.
À medida que as hierarquias sensoriais atingem um pico, também começam a convergir. Em áreas especiais, como o hipocampo, os neurônios começam a disparar, em resposta a combinações de ruídos, visões, cheiros e outras sensações. Mas o hipocampo não espera que todas as informações cheguem de uma só vez para decidir responder. Vai soltando mensagens a cada pedaço de informação ou sensação. O disparo do hipocampo faz prestar atenção a outras imagens, Ele reflete o fato de que certos detalhes existem, espalhados pelo resto do circuito sensorial.Em conseqüência, dispara novamente.
Resumindo, a informação inicial leva à formação de uma resposta cerebral, que é usada para dirigir a atenção e coletar mais informações, que novamente são enviadas ao cérebro. Esse processo permite que o hipocampo seja um órgão de memória, já que toda conexão sináptica é moldada por experiência. O hipocampo está posicionado para reter memórias específicas, capturar determinada imagem ou estado sensorial e, então, usar essa informação horas ou mesmo anos depois para reconstruir um momento.
Os mais alto níveis do cérebro são as cerca de 12 áreas de processamento que formam os lobos frontais. Tais áreas processam o que é significativo e merece análise mais profunda (e não rotineiro).
Quando um pedaço da atividade visual, que tem a forma de uma bola, por exemplo, atinge essa parte do cérebro, uma experiência nítida pode começar a se manifestar.
Agindo em comum acordo com os centros da excitação e emoção do cérebro inferior, com os quais têm conexões íntimas, os lobos pré-frontais entram em estado de alerta. Presta atenção tem o efeito de definir a experiência sensorial. O córtex sensorial começa respondendo ao panorama maior – a bola – e depois a outras imagens. A atenção retorna a tudo para criar contraste. Aumenta o “volume” dos neurônios que representam a bola e empurra detalhes irrelevantes, como a presença do juiz ou colegas de time para a periferia da percepção.
Essa é uma das vantagens de o cérebro funcionar mais como rede orgânica de conexões do que como dispositivo de entrada e saída. As áreas de “saída” podem voltar para trás a fim de alterar as próprias entradas. Qualquer entrada começa com uma sugestão: “Ei, posso ser importante!” Muitas são analisadas, e eventualmente pode haver uma resposta do tipo: “Sim, você era o pedaço que interessava”. As vias do cérebro desenvolvem uma solução.
Quando se fixa a atenção em certo detalhe ocorre um enorme fluxo de pensamentos, emoções e associações. A totalidade do cérebro é preparada para responder ao evento focal com todos os recursos disponíveis. Portanto, perceber a visão da bola traz à superfície associações mentais armazenadas. Mesmo no momento em que o jogador reconhece a bola, pensamentos relevantes começam a efervescer dentro dele. Existe adversário na vizinhança? Devo levar a bola até o gol ou dar passe? Os centros de excitação irão tomar decisões sobre preparar o corpo para a ação. As áreas motoras, atrás das regiões pré-frontais na lâmina do córtex frontal, estarão engrenando para executar intenções que começam a se formar.
O cérebro aprende a totalidade de cada movimento e extrai (responde também) o aspecto central.
Bons jogadores de futebol precisam de reflexos incríveis. No jogo profissional, um chute potente pode fazer a bola rolar a mais de 200 Km por hora e entrar na rede em 1/3 de segundo. Mal dá tempo para um principiante enxergar a bola. Mas os melhores jogadores conseguem ver a bola nitidamente para se lançar ao ataque e ainda driblar o adversário com uma precisão de fração de segundo.
Apesar de parecer que o sistema nervoso trabalha à velocidade de um raio, não é bem assim. Mesmo conduzindo sinais a várias centenas de quilômetros por hora, os nervos necessitam de tempo para transformar entrada em saída. Leva ao menos 20 milésimos de segundo para as mensagens percorrerem o comprimento do corpo. Os sinais visuais levam em torno de 50 a 100 milésimos de segundo para chegar ao cérebro. Uma vez dentro dele, outras conexões são necessárias para transformar sinais brutos em resposta mental. Totalize esses atrasos e seria impossível acompanhar uma bola indo diretamente ao gol.
De fato, experimentos laboratoriais mostram quanto tempo o cérebro leva para integrar novas informações. Quando se pede jogadores iniciantes que chutem a bola assim que a luz pisca, eles levam 200 milésimos de segundo, 1/5 de um segundo. Cerca de 120 milésimos de segundo são necessários para registrar o fato de que a luz piscou e outros 80 para dar o chute. Esse tempo é necessário para uma simples tarefa que não exige pensamento. Para qualquer outra que requer atenção, o atraso da resposta fica próximo de meio segundo.
O cérebro de profissionais treinados simplifica o problema gastando o menor tempo possível.
Para subir e descer até o fim da hierarquia de processamento, a resposta mental leva meio segundo. Criar pontes entre centenas de áreas corticais exige trabalho. O cérebro pode criar atalhos nessa resposta e reagir fora dos padrões, cortando o tempo de processamento de 500 milésimos de segundo para apenas 200. Existem estruturas cerebrais especializadas nesse trabalho. Um agrupamento de centros nervosos, os gânglios basais, abriga-se dentro dos hemisférios cerebrais, “observando” silenciosamente os padrões de atenção e a tomada de decisões na lâmina cortical acima. Em vigilância, os gânglios basais começam a ver quais padrões sensoriais produzem mais tarde determinada resposta. Eles poderão fazer, literalmente, um curto-circuito para a produção daquele estado de saída. Assim que o tipo certo de sensação começa a chegar, os gânglios basais poderão disparar a mesma resposta de maneira imediata, sem pensar. A tarefa será feita como se o cérebro superior tivesse ponderado cuidadosamente a sua resposta. Esse é um truque inteligente para poupar tempo, que funciona quando o cérebro experimenta a mesma situação em ocasiões suficientes para conseguir uma conexão na forma de hábito. Isso vai reverter em um padrão de ação fixa ou automatismo. Mas tal atalho só reduz o atraso na resposta de meio segundo para 1/5 de segundo.
Os “cérebros” antecipam, ficam craques em adivinhar. Podem supor que cada novo momento será parecido com o anterior. Mesmo que exista surpresa, aquilo que o cérebro registrou um segundo atrás continuará sendo verdadeiro no futuro, gerando expectativas sobre o que virá.
Os gânglios basais não são a única parte do cérebro que vigia as atividades do córtex e aprende com elas. O cerebelo é um órgão especializado no ajuste fino do encadeamento temporal dos movimentos. O cerebelo responde por apenas 1/10 do volume do cérebro, mas contém bem mais da metade de seus neurônios; possui muito mais células nervosas que o córtex “inteligente”. Um neurônio do cerebelo faz 20 vezes mais conexões sinápticas, quase 200 mil, em comparação com cerca de 10 mil, para um neurônio cortical mediano.
O cerebelo usa alças de processamento muito simples, perfeitas para a sincronia das ações, e não para formar um quadro complexo da consciência. Esta é a tarefa do córtex, com suas conexões ramificadas e seus mapas sensoriais.
É certamente assim que os atletas competem. Agem sobre previsões. Experimentos mostram que os goleiros profissionais conseguem adivinhar a direção da bola em um pênalti, observando apenas o movimento do atacante. O primeiro instante do vôo da bola é suficiente para extrapolar toda sua trajetória. Caso a bola voe de maneira imprevisível a menos de 200 milésimos de segundo, não haverá tempo para ajustes. O goleiro irá girar o corpo segundo uma previsão errada. Resultado: perderá a bola. Os profissionais lêem o jogo, contam com a antecipação. Nós fazemos exatamente o mesmo para lidar com situações corriqueiras.

fonte: AFH

16 de out. de 2010

27 de set. de 2010

Principais Características das Respostas Imunológicas Adquiridas

Especificidade: Garante que antígenos distintos desencadeiem respostas específicas.
Diversidade: Capacita o sistema imunológico a responder a uma grande variedade de antígenos.
Memória: Conduz a respostas intensificadas a exposição repetidas ao mesmo antígeno.
Espansão Clonal: Aumenta o número de linfócitos antígeno-específicos para que se mantenham atualizados com os micróbios.
Especialização: Gera respostas que são ideais para a defesa contra diferentes tipos de micróbios.
Contração e homesotasia: Permite ao sistema imunológico responder a novos antígenos encontrados.
Tolerância a antígenos próprios: Evita lesão do hospedeiro durante respostas a antígenos estranhos.


Fonte: Livro: "Imunologia Celular e Molecular"
Abul K. Abbas
Andrew H. Lichtman
     Schiv Pillai

12 de set. de 2010

Cientistas conseguem destruir células infectadas por HIV

Método pode tornar-se terapia contra o vírus.

Investigadores israelitas anunciaram ter conseguido destruir em laboratório células infectadas pelo vírus da Sida sem prejudicar células sãs.
Segundo o jornal Haaretz, os investigadores da Universidade hebraica de Jerusalém afirmaram ter conseguido desenvolver um tratamento à base de péptidos (composto químico formado pela união de aminoácidos) que desencadeiam a autodestruição de células infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana.
Até agora, as únicas terapias contra a Sida visam destruir o vírus presente nas células, com risco de este voltar a aumentar se o tratamento for interrompido ou se o vírus desenvolver imunidade aos fármacos usados.


O investigador australiano Abraham Loyter explicou ao que ao fim de duas semanas, as células visadas não tinham reaparecido, “de onde se pode concluir que foram destruídas”. 

Num artigo publicado a 19 de Agosto pela revista britânica AIDS Research and Therapy, a equipa israelita – constituída por Aviad Levin, Zvi Hayouka, Assaf Friedler e Abraham Loyter – estimava que o seu trabalho pudesse “eventualmente permitir desenvolver uma nova terapia” contra o VIH.
Em Julho, investigadores norte-americanos anunciaram ter descoberto dois potentes anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maioria das origens conhecidas do VIH, tornando potencialmente possível o desenvolvimento de uma vacina eficaz.
Mais de um quarto de século depois da identificação do vírus, o VIH é responsável por mais de 30 milhões de mortos.

21 de jan. de 2010

Núcleo, Cromossomo, DNA e Divisão Celular

O núcleo é a região da célula que controla o transporte de informaçõesgenéticas. Coordena e comanda as funções celulares.No núcleo ocorrem tanto a duplicação do DNA, imprescindível para adivisão celular, como a síntese do RNA, ligada a produção de proteínasnos ribossomos (O RNA descreve a seqüência dos aminoácidos daproteína).O núcleo celular animal apresenta a carioteca, que contêm em seu interior os cromossomos.
*Carioteca ou envoltório nuclear: Ela permite a troca de material com o citoplasma. É formada por duas membranas lipoprotéicas, separa o núcleo do citoplasma. Está presente em toda divisão celular, some no início da divisão e só aparece no final do processo.
*Cromatina - Filamentos formados por DNA e proteínas; compreende a eucromatina, porção ativa e pouco visível, e a heterocromatina, porção inerte ou pouco ativa e bem visível; forma os cromossomos durante a divisão celular. Quando uma célula se divide, seu material nuclear (cromatina) perde a aparência relativamente homogênea típica das células que não estão em divisão e condensa-se numa serie de organelas em forma de bastão, denominadas cromossomos.

CROMOSSOMOS
Entidades portadoras da informação genética; são filamentos espiralados de cromatina, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microcopia de luz durante a divisão celular. Em sua  estrutura, o cromossomo apresenta a unidade estrutural filamentosa de DNA que se apresenta em forma de  espiral, sendo envolvido por uma substância protéica denominada matriz.
* Hierarquia morfofuncional para informação genética: O DNA: Ácido desoxrribono nucléico,é o constituinte da cromatina, estrutura , que quando espiralada ( heterocromatina) e seccionada forma os cromossomos.Desta forma podemos considerar que os cromossomos são formados por moléculas de DNA. 

O DNA
É formado por seqüências de bases nitrogenadas em pares relacionando Adenina com Timina e, Guanina com, Citosina, sucessivamente A ordem destas seqências de pares pode variar infinitamente, mas  determinadas trincas ( em geral trincas) de seqüências de bases nitrogenada ao longo do cromossomos,  formam o que chamamos de GENE. Então podemos definir que gene são seqüências (trincas) de bases  nitrogenadas que codificam informações importantes como a codificação de uma proteína, por exemplo.

 DIVISÃO CELULAR
Possuímos dois tipos celulares: somáticas, que constituem vários tecidos e órgãos; e as células sexuais (gametas), destinadas à reprodução. As células somáticas possuem dois conjuntos de cromossomos provenientes dos nossos genitores (pai e mãe), e, portanto são denominadas diploides. Já os gametas possuem apenas um conjunto de cromossomos, sendo então, denominadas haplóides.
Mitose: Desde a fecundação, a partir de uma única célula, zigoto, inicia-se a divisão celular, formando novas células, tecidos, órgãos.... Produz células filhas idênticas à célula-mãe. Cada célula filha contém exatamente o mesmo número de cromossomos da célula mãe. Esse processo ocorre durante o crescimento de um indivíduo e nos processos de regeneração. É o processo pelo qual é construído uma cópia exata de cada cromossomo, a informação genética é replicada e distribuída eqüitativamente aos 2 produtos finais. 
As características básicas da mitose são:
a) Distribuição eqüitativa e conservativa do número de cromossomos.
b) Distribuição eqüitativa e conservativa da informação genética.

Meiose: tipo de divisão celular que produz células-filhas com a metade dos cromossomos da célula-mãe; ocorre na formação de gametas. Apresenta duas etapas: meiose I, na qual a célula-mãe (com 46 cromossomos) se divide em duas (cada célula-filha com 23 cromossomos); e meiose II, na qual, a partir das duas células filhas, formam-se mais duas (cada uma com 23 cromossomos).
A meiose é o processo que se verifica tanto nos órgãos sexuais masculinos quanto femininos. Através da  meiose os gametas ficam com o número de cromossomos reduzidos à metade, ao estado denominado  haplóide. Quando o gameta de origem materna se une ao gameta de origem paterna o número de cromossomos característico da espécie é restabelecido.
*A partir de uma célula-mãe, com 46 cromossomos, formam-se 4 células-filhas, cada uma com 23 cromossomos (haplóides).

Organelas Celulares

Organelas presentes no citoplasma
*Ribossomos: síntese de proteínas. As proteínas sintetizadas podem permanecer no próprio citosol, participando das etapas do metabolismo celular, ou podem ser transportadas para outros locais dentro da célula, como por exemplo, na mitocôndria, nas etapas de respiração celular.
*Retículo Endoplasmático: Sistema de canais membranosos, que participam da síntese de macromoléculas e transporte de substância dentro da célula.
*Retículo Endoplasmático - liso: síntese de lipídios (gorduras, esteróides, colesterol...);
*Retículo endoplasmático – rugoso: encontram aderidos a sua superfície externa ribossomos, sendo local de produção de proteínas, as quais serão transportadas internamente para o Complexo de Golgi.
*Aparelho de Golgi: são bolsas membranosas e achatadas, que podem armazenar e transformar substâncias que chegam via retículo endoplasmático; podem também eliminar substâncias produzidas pela célula, mas que irão atuar fora dela (enzimas por exemplo).
*Centríolos: Além de desempenharem papel importante no processo de divisão celular formando os pólos, são responsáveis pela formação de cílios e flagelos.
*Lisossomos (do grego lysis = dissolução, quebra); soma = corpo): Realiza a digestão intracelular. Estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número de produtos orgânicos. Estas enzimas são produzidas no RER, conduzidas pelo aparelho de Golgi, onde são acumuladas em vesículas, que são os lisossomos.
Apresenta funções heterofágicas (referente à digestão de substâncias que entram na célula), e autofágicas (referentes à digestão de materiais e organelas da própria célula).
*Mitocôndria: respiração celular (geração de energia). Realiza uma oxidação biológica intracelular de  compostos orgânicos (na presença de oxigênio), que resulta em gás carbônico e água, e este processo gera a liberação de energia, que é utilizada no metabolismo celular.

Iniciando a Citologia (Estudo das Células)

Organização Geral Do Corpo Humano: O ser humano possui uma organização estrutural complexa, que inicia no nível químico e termina no nível sistêmico.
1º nível (químico): inclui todas as substâncias químicas necessárias para o funcionamento do organismo.
Ex: oxigênio, nitrogênio, potássio, cálcio, sódio.... Estas substâncias são formadas por átomos, e estes combinados formam as moléculas, como por exemplo as proteínas, vitaminas, carboidratos...
2º nível (celular): as moléculas unidas dão origem a unidade estrutural básica do nosso organismo, as células, cada uma com sua função específica de acordo com a região em que se encontram.
3º nível (tecidual): As células se combinam de acordo com suas funções específicas e formam os tecidos.
Ex: tecido nervoso, epitelial, conjuntivo, muscular.
4º nível (orgânico): Dois ou mais tecidos organizados de acordo com a sua função, se unem e dão origem aos órgãos, formados por células e tecidos específicos. Ex: coração, pulmão, rim, intestino....
5º nível (sistêmico): Órgãos relacionados, que realizam uma função em comum, formam os sistemas do nosso organismo. Ex: sistema respiratório, formado pelos órgãos pulmões, traquéia, laringe, faringe, cavidade nasal, e tem como função a condução do ar atmosférico até os alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. Todos os sistemas funcionando como um todo formam o nosso organismo.

CÉLULAS: São a unidade estrutural e funcional básica do nosso organismo.
· Menor porção de massa organizada encontrada.
· Possui a capacidade de multiplicar-se.
· Sua estrutura básica consiste em membrana, citoplasma e núcleo.

Membrana Plasmática: Formada por uma bicamada lipídica,com proteínas e carboidratos.
· Os lipídeos distribuem-se assimetricamente nas duas monocamadas lipídicas e estão em constante movimentação.
· Proteínas atuam como forma de passagem através da membrana.
· Há dois tipos de proteínas presentes na membrana celular:
· Proteínas integrais ou intrínsecas: endoproteína, ectoproteína e transmembrana.
· Principais proteínas relacionadas aos transporte: proteínas carreadoras e proteínas canal (ambas transmembrana)
· Proteínas periféricas ou extrínsecas: internas e externas.


Funções e Características da Membrana
· Manutenção da integridade da estrutura da células;
· Permeabilidade seletiva;
· Receptores – reconhecimento de antígenos, células estranhas ou alteradas;
· Atuação como interface entre o meio externo e citoplasma;
· Estabelecimento de sistemas de transporte para moléculas específicas;
· Modelo mosaico-fluido:Fluidez da membrana: facilidade com a qual moléculas lipídicas movem-se no plano da bicamada.
· Glicocálix: açúcares ligados à proteínas e lipídeos da membrana.

Funções: proteção da superfície celular contra lesões mecânicas e químicas; adsorção de água; reconhecimento célula-célula.

9 de jan. de 2010

Noções Básicas Para Iniciar Estudo de Parasitologia

AGENTE ETIOLÓGICO - é o agente causador ou o responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário ou um helminto.

ENDEMIA - quando o número esperado de casos de uma doença é o efetivamente observado em uma população em um determinado espaço de tempo.

DOENÇA ENDÊMICA - aquela cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma idéia de equilíbrio entre a população e a doença.

EPIDEMIA - é a ocorrência, numa região, de casos que ultrapassam a incidência normalmente esperada de uma doença.

INFECÇÃO - é a invasão do organismo por agentes patogênicos microscópicos.

INFESTAÇÃO - é a invasão do organismo por agentes patogênicos macroscópicos.

VETOR - organismo capaz de transmitir agentes infecciosos. 0 parasita pode ou não desenvolver-se enquanto encontra-se no vetor.

HOSPEDEIRO - organismo que serve de habitat para outro que nele se instala encontrando as condições de sobrevivência. O hospedeiro pode ou não servir como fonte de alimento para a parasita.

HOSPEDEIRO DEFINITIVO - é o que apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual.

HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO - é o que apresenta o parasito em fase larvária ou em fase assexuada.

PROFILAXIA - é o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle das doenças ou de fatos prejudiciais aos seres vivos.