13 de set. de 2012

Nomenclatura de Fármacos

"Todas as substâncias são venenos; não há nenhuma que não seja veneno. A dose correta diferencia um veneno de um remédio" Paracelso

Os fármacos possuem três ou mais nomes.
Estes nomes são os seguintes:
* Sigla, número do código ou designação do código;
* Nome químico;
* Nome registrado, nome patenteado, nome comercial ou nome próprio;
* Nome genérico, nome oficial ou nome comum;
* Sinônimos e outros nomes.

A sigla é formada geralmente com as iniciais do laboratório ou do pesquisador ou do grupo de pesquisas que preparou ou ensaiou o fármaco pela primeira vez, seguidas de um número. Não identifica a estrutura química do fármaco. Deixa de ser usada logo que for escolhido um nome adequado. Fármacos há com duas ou mais siglas.
O nome químico é o único que descreve a estrutura química do fármaco. É dado de acordo com as regras de nomenclatura dos compostos químicos. Visto que às vezes é  muito longo, o nome químico não é adequado para uso rotineiro. O nome químico deve ser escrito em letras minúsculas. Um fármaco pode ter vários nomes químicos, pois há diversas maneiras de nomeá-lo.
O nome registrado refere-se ao nome individual selecionado e usado pelo fabricante do fármaco ou medicameno. Se o medicamento é fabricado por mais de uma empresa, como frequentemente acontece, cada firma dá o seu próprio nome registrado. Às vezes o nome patenteado refere-se a uma formulação e não a uma única substância química. O nome patenteado deve ser escrito com iniciais maiúsculas de ada palavra do nome. Um fármaco poderá ter divesos nomes registrados, dependendo do número de fabricantes.

O nome genérico refere-se ao nome comum, pelo qual um fármaco é conhecido como substância isolada, sem levar em conra o fabricante. Devia ser simples, conciso e significativo, mas frequentemente não é. Deve ser escrito com a inicial minúscula. Este nome é escolhido pelos órgãos oficiais. No Brasil, pelo Ministério da Saúde. Em escala mundial, é a Organização Mundial de Saúde a entidade oficial incumbida de selecionar, aprovar e divulgar os nomes genéricos de fármacos. Os nomes oficiais de fármacos, porém, variam conforme a língua, à semelhança do que ocorre com os nomes das pessoas. Assim, temos: risperidonum (latim), risperidone (inglês), risperidon (russo), risperidone (francês), risperidona (espanhol) e risperidona (português).
Sinônimos são os nomes diferentes dos dados pela OMS, mas consagrados em alguns países, e/ou os antigos nomes oficiais. Alguns fármacos podem ter vários nomes.
Presume-se, em geral, que os medicamentos que têm o mesmo nome oficial, mas nomes comerciais diferentes, por serem fabricados por laboratórios diferentes, são bioequivalentes. Isso, porém, nem sempre sucede; tais medicamentos podem diferir sensivelmente em sua ação farmacológica, farmacocinética e outras propriedades; vale dizer, podem não ser bioequivalentes. Diversos fatores - principalmente de formulação e fabricação - são responsáveis por esta diferença.

Fonte: Dicionário Terapêutico Guanabara Edição 2010/2011


10 de set. de 2012