30 de jan. de 2011

Hanseníase

30 de Janeiro - Dia mundial da Luta Contra a Hanseníase

O que é Hanseníase?

A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo (Bacilo) que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.
A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.
A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.

Tratamento:

A hanseníase tem cura. O tratamento da hanseníase no Brasil é feito nos Centros Municipais de Saúde (Postos de Saúde) e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento.
A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves.

29 de jan. de 2011

Metabolismo Energético da Célula

Metabolismo
Conjunto de todas as atividades celulares.

Principais processos
* Fotossintese (produção de mátria orgânica e incorporação de energia);
* Quimiossíntese (síntese de matéria orgânica utilizando a energia obtida pela oxidação de substancias inorgânicas como o gás sulfúrico H2S e o carbonato de ferro FeCa3 e amônia NH3);
* Respiração (liberação de energia a partir da matéria orgânica, utilizando o oxigênio);
* Fermentação;

Respiração anaeróbia
Extração de energia de compostos orgânicos sem usar o O2.

Anaeróbicos estritos: só possuem essa forma para extrair a energia;
Anaeróbios facultativos: realizam das 2 formas.

Fases do metabolismo
• Anabolismo ou assimilação: incorporação ou síntese de substancias para armazenar energia;
• Catabolismo ou desassimilação: desintegração de substancias para liberar energia.

Fotossíntese (6CO2 + 12H2OC6H12O6 + H2O+602): Utiliza a luz como fonte de energia (realizada por plantas, algas (protistas) e algumas bactérias.

Quimiossíntese: Usa a energia de certas reações químicas (realizada pela maioria das bactérias).

Respiração: Queima da glicose, usando ou não o O2.

Fases da fotossíntese:
1ª fase: fase luminosa ou fotoquímica (consiste na captação de energia; ocorre nas lamelas distilacoides). A molécula de clorofila absorve energia luminosa que é acumulada em elétrons que, por isso escapam da molécula sendo recolhidos por outras substancias (ferridoxina). Dependendo dessas substancias transportadoras de elétrons, eles podem realizar os dois tipos de trajeto: a fotofosforilação cíclica e acíclica. Em ambos os elétrons cedem energia para a síntese de ATP através da fosforilação (processo que adiciona um fosfato rico em energia ao ADP).
Compreende 2 conjuntos de reações em que realizam as fotofosforilação e a consequente produção de molécula de ATP. Existem 2 tipos de fosforilação: cíclica[os elétrons passam por vários transportadores, liberando energia, que serve para a síntese de ATP. Em seguida, retornam à clorofila. Essa clorofila encontra-se associada a outros pigmentos, formando o sistema I da clorofila] acíclica [participa a clorofila A e a B, mais a participação da agua e do NADP e produção de O2 . A água doa o H+ que é recolhido pela ferridoxina ( ptn portadora de ferro) para a constituição do NADPH2 . é a quebra da agua (fotólise) que fará a manutenção do processo, isso ocorre pela presença da luz.Os elétrons da clorofila A são cedidos pela B, essa recebe elétrons da água(OH) e recompõem sua molécula. A energia dos elétrons cedidos pela B cedem energia para a síntese de ATP]
2ª fase: fase escura ou química (ocorre no estroma; consiste na transformação do CO2 em glicose).

Obs: Fotossíntese: o gás carbônico é transformado em moléculas orgânicas, principalmente carboidratos (glicose). Para que isso ocorra a planta usa o ATP. Doadores de energia (NADPH2) como fontes de hidrogênio (H2). Os hidrogênios doados pelo NADPH2 promoveram a redução de CO2 e sua transformação em glicose. Essa fase é conhecida como ciclo de Calvin.

NAD= Nicotinamida Adenina Dinucleotideo
NADP= Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Fosfato
FAD= Flavina  Adenina Dinucleotideo
ATP= Trifosfato de adenosina
ADP+P=ATP (fosforilação – é realizada com a presença de luz = fotofosforilação produz a ATP)
NADPH2 (transportadora / aceptor de hidrogênio)

20 de jan. de 2011

Falando de Profissão: "Farmacêutico"

Farmacêutico: "Profissional que exerce a arte farmacêutica."
Fonte: Dicionário Michaelis

Hoje é dia 20 de Janeiro e essa data é importante para os farmacêuticos. Hoje é o Dia do Farmacêutico.



Farmacêuticos são profissionais que identificam e manipulam substâncias químicas para a produção de medicamentos e cosméticos. Em muitas das atividades, seu nome aparecerá nas embalagens, como farmacêutico responsável. Colaboram também na produção e na conservação industrial de alimentos, comuns ou dietéticos, campo que vem sendo ocupado cada vez mais por bioquímicos ou farmacêuticos bioquímicos.
O Brasil criou seu primeiro curso de Farmácia em 1832, no Rio de Janeiro. Até então, o boticário era o profissional autorizado a exercer as funções correspondentes às do atual farmacêutico. Em 1931, a profissão de farmacêutico foi finalmente regulamentada, passando a ser exercida apenas por profissional diplomado em instituições de ensino oficialmente reconhecidas. Para seguir esta carreira, é preciso ter aptidão em matérias ligadas à Química e à Biologia, que formam a base do conhecimento necessário à formação em Ciências Farmacêuticas. Em linhas gerais, o farmacêutico atua em três modalidades básicas: Fármacos e Medicamentos, Análises Clínicas e Toxicológicas e Alimentos. Na primeira, pode trabalhar na indústria farmacêutica, dedicando-se à pesquisa de novas drogas e cosméticos ou atuando na produção e no controle de qualidade de medicamentos. As farmácias de manipulação, fitoterápicas ou homeopáticas, além daquelas instaladas em hospitais e unidades de saúde, formam também um mercado de trabalho em expansão.

Principais atividades de um farmacêutico
O farmacêutico pesquisa, prepara, distribui e comercializa remédios, cosméticos e produtos de higiene pessoal. Investiga, examina e testa substâncias e princípios ativos que entram na composição de remédios e em produtos higiênicos e de perfumaria, observando as reações que provocam no organismo, esta função geralmente é atribuída para profissionais que atuam no setor público. Registra novas drogas e verifica se os produtos chegam ao consumidor dentro das normas e padrões sanitários. Na indústria alimentícia, controla a qualidade das matérias-primas e do produto final, estudando e estabelecendo métodos para evitar e detectar adulterações e falsificações, a fim de impedir danos à saúde pública. Em farmácias, distribui medicamentos e prepara fórmulas personalizadas. É obrigatório o registro no Conselho Regional de Farmácia.



Áreas de atuação e especialidades
* Alimentos - É responsável pela realização de exames químicos e microbiológicos para análise de aspectos nutricionais; acompanhamento do processo de fabricação de alimentos, incluindo o seu desenvolvimento e o seu controle de qualidade.
* Análises Clínicas - Realização de testes em laboratórios para diagnósticos clínicos; desenvolvimento e produção de kits para exames laboratoriais.
* Análises Toxicológicas - É responsável pela realização de exames em substâncias humanas, animais e vegetais, alimentos ou em ambientes, com a finalidade de detectar a contaminação por agentes tóxicos (drogas, medicamentos ou substâncias químicas em geral).
* Farmácia - Preparação de medicamentos de acordo com prescrição de profissionais da área de saúde. Atua no controle e distribuição de remédios.
* Farmácia Industrial - Produção de medicamentos, vacinas, cosméticos e produtos de higiene pessoal e para ambiente.
* Medicamentos - Desenvolve pesquisas nas industrias farmacêuticas com o intuito de descobrir novas drogas.
* Vigilância Sanitária - Cuida da análise e controle de produtos industrializados de acordo com as normas vigentes de comercialização.

Mercado de trabalho
O mercado oferece boas perspectivas no setor privado, especialmente para o profissional que atua nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Esta última cresceu muito na última década. Mas o crescimento da demanda por farmacêuticos está relacionado, também, com a exigência da lei para os estabelecimentos farmacêuticos contratarem esse profissional, com o objetivo de evitar fraudes e garantir a qualidade dos produtos.

O Símbolo da Farmácia
A taça com a serpente nela enrolada é internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta a antigüidade, sendo parte das histórias da mitologia grega.Tudo começou com um centauro: Chiron. Ao contrário da maioria dos de sua raça, caracterizados pela selvageria e violência, Chiron se dedicou aos conhecimentos de cura. Teve como um dos seus discípulo o deus Asclépio (também denominado Esculápio), ao qual ensinou os segredos das ervas medicinais. Asclépio se tornou o deus da saúde e tinha como símbolo um cetro com duas serpentes nele enroladas. Contudo, ele não utilizava seu conhecimento somente para salvar vidas, mas usava seu poder para inclusive ressuscitar pessoas.
Descontente com a quebra do ciclo natural da vida, Zeus resolveu intervir. Os deuses entraram então em batalha e Zeus acabou matando Asclépio com um raio.
Com a morte de Asclépio, a saúde passou a ser responsabilidade de sua filha Hígia, que se tornou dessa maneira a deusa da saúde. Hígia tinha como símbolo uma taça que com sua "promoção" foi adicionada por uma serpente nela enrolada. Essa cobra é, obviamente, uma representação do legado de seu pai. Assim o símbolo de Hígia da taça com a serpente se tornou, posteriormente, o símbolo da farmácia.

Segundo as literaturas antigas, o símbolo da Farmácia ilustra o poder (cobra) da cura (taça)


Duração do curso de Farmácia4 anos
 


Leia mais sobre esse assunto (Farmácia/Farmacêutico):
Portal Farmacêutico www.pfarma.com.br
Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico www.abcfarma.org.br/
ALANAC - Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais www.alanac.org.br/
Associação Brasileira de Farmacêuticos www.abf.org.br/

19 de jan. de 2011

Dengue: você tem dúvidas?

Mande suas dúvidas referentes à Dengue para o email: bio-trabalho@hotmail.com
Mande também o que você sabe sobre a Dengue e se você já sofreu com essa doença infecciosa febril mande seu depoimento.
Todas as informações e dúvidas mandadas serão montadas para realizar uma postagem sobre a Dengue, tirando as dúvidas dos leitores e abrindo espaço para que o conhecimento e a história do leitor deixando assim o assunto mais esclarecido.

18 de jan. de 2011

Introdução à Microbiologia Parte II - Bacteriologia

Bacteriologia
"Ciência que estuda a morfologia, ecologia, genética e bioquímica das bactérias."

Células bacterianas
As células bacterianas podem apresentar estruturas comuns entre si e algumas estruturas específicas presentes em determinadas espécies.

Estruturas
“Membrana Celular”
Semelhante as demais membranas biológicas, é constituída por lipídios (fosfolipídios) e proteínas. As bactérias são células procariotas. Ou seja, seu núcleo não é organizado por não possuir a carioteca (membrana nuclear). As células bacterianas não apresentam esteróides e são ricas em proteínas. Nas bactérias, a membrana citoplasmática além de ter o papel de transporte ativo, isto é, transporte de nutrientes e outras substâncias com gasto de energia. Está também envolvida no processo de produção de energia (ATP) pelo processo de fosforilação oxidativo.
A membrana celular bacteriana possui invaginações que podem ser simples dobras, como estruturas tubulares ou vesículas. Usa-se o termo mesossomos para se referir a essas invaginações da membrana.

“Organelas”
As bactérias apresentam ribossomos em seu citoplasma. Essas organelas não estão ligadas às membranas ficando assim espalhadas no interior celular.
As células procarióticas podem acumular substâncias de reserva sobe a forma de polímeros insolúveis (são conhecidos como Grânulos de reserva). São comuns polímeros de glicose (amido e glicogênio) ou polímero fosfato. Estes grânulos podem ser visualizados utilizando-se colorações especiais.

“Material Genético”
Cromossomo: as bactérias possuem um cromossomo circulas, que é constituído por uma única molécula de DNA. O cromossomo contém todas as informações necessárias à sobrevivência da bactéria e é capaz de autoduplicação.
Plasmídio: são moléculas menores de DNA circular, cujos genes não codificam características essenciais, porém muitas vezes conferem vantagens seletivas às bactérias que os possui. Os plasmídios são autônomos, isto é, são capazes de autoduplicação independente do DNA cromossômico.

“Parede Celular”
É através dessa estrutura que as bactérias podem ser dividas em dois grandes grupos: Gram positivas e Gram negativas.

Diferenças entre as paredes celulares de Gram positivas e Gram negativas:
A camada basal (mureína ou peptidoglicano) encontra-se externamente à membrana citoplasmática. Tal camada é comum entre os dois grupos. Entretanto, existem diferenças quantitativas entre elas onde as bactérias Gram positivas possuem essa camada mais espessa o que impediria a ação descorante do álcool (usado no método de colorações especiais), enquanto as bactérias Gram negativas que possuem esta camada mais fina consequentemente se descoram facilmente.
O que há de mais diferente entre esses dois grupos de bactérias (relacionado as paredes celulares das células bacterianas) é que as bactérias Gram negativas possuem uma segunda camada denominada membrana externa (ausente nas bactérias Gram positivas). Existe um espaço entre a membrana citoplasmática e a membrana externa, denominado espaço periplasmático, onde se localiza o peptidoglicano.
O peptidoglicano é a estrutura que confere rigidez à parede celular e determina a forma da bactéria e a protege da lise osmótica quando em meio hipotônico.
A ligação entre os açúcares (glicanos) que compõem o peptidoglicano podem ser rompidos pela ação de enzimas levando a bactéria à morte. Temos então a lisozima que é uma enzima vulgarmente conhecida como o antibiótico natural do organismo, uma vez que destrói bactérias. Encontra-se em abundância em secreções, como as lágrimas, a saliva e a mucosa nasal, bem como em grânulos citoplasmáticos de granulócitos neutrófilos e ainda na clara do ovo (sendo esta muito útil a nível industrial, nomeadamente no controle de bactérias lácteas no vinho). Foi descoberta acidentalmente, em 1922, por Alexander Fleming que, estando constipado, deixou cair algumas gotas de muco nasal numa cultura de bactérias, verificando depois que alguma substância presente no muco as tinha matado. Esta enzima é antibacteriana, uma vez que degrada os polissacarídeos que se encontram nas paredes celulares de muitas bactérias (não tem, no entanto, efeito nas bactérias GRAM negativas). Ela desempenha este papel catalisando a inserção das moléculas de água em determinados pontos das cadeias polissacarídeas das bactérias, mais concretamente nos locais onde os dois amino-açúcares que compõem as cadeias (N-acetilglucosamina e ácido N-acetilmurámico) se ligam. Pertence, portanto, à classe funcional enzimática das hidrolases. Uma deficiência em lisozima pode ser causada pelo gene LYZ, do cromossoma 12, e pode estar associada a um aumento da tendência das infecções.


Parede Celular das Bactérias Gram Positivas:
Aproximadamente 40% a 90% do peso seco da parede celular destas bactérias são formadas de peptidoglicano envolvendo toda a célula.
Muitas bactérias Gram positivas (estafilococos, estreptococos) possuem na parede celular os chamados ácidos teicóicos. Estes ácidos podem estar ligados ao peptidoglicano ou a lipídios da membrana citoplasmática. Neste ultimo caso, são chamados de ácidos lipoteicóicos atravessam a parede celular e podem ser detectados como antígenos na superfície da célula bacteriana.

Parede Celular das Bactérias Gram Negativas:
Aproximadamente 10% do peso seco da parede celular das bactérias Gram negativas é formado de peptidoglicano.
A membrana externa é formada por dupla camada lipoproteica. Os lipopolissacarídeos (LPS), conhecidos como endotoxinas, são localizados na membrana externa. Eles são compostos por um lipídio (lipídio A) que é responsável pelo efeito tóxico ligados a cadeias polissacarídicas. O polissacarídeo constitui o antígeno somático (antígeno O) das bactérias Gram negativas classificando-as em sorogrupos.

“Flagelos”
São estruturas protéicas, longas e delgadas que se projetam externamente a parede celular. O numero e a disposição dos flagelos, na bactéria, são utilizados para classificá-las:
a) Bactérias com um único flagelo polar: monotríquias;
b)     //         com inúmeros flagelos distribuídos nas extremidades: peritríquias;
c)    //          com um tufo” de flagelos nas extremidades: lofotríquias.
O flagelo é responsável pela motilidade (locomoção) da bactéria.

“Fimbrias”
Fimbrias ou pili são estruturas protéicas, curtas e finas, presentes na superfície de muitas bactérias Gram negativas. As fimbrias estão relacionadas com a aderência bacteriana à superfícies. Ex: CFA I e CFA II em Escherichia coli (CFA = Fator de Colonização).
Outro tipo de fimbria é a fimbria sexual que é necessária para que a bactéria possa transferir material genético no processo denominado conjugação.

“Capsula”
Muitas bactérias possuem uma camada polissacarídica ou protéica localizada externamente à parede celular. A cápsula está relacionada com a virulência bacteriana conferindo resistência bacteriana à fagocitose, fazendo com que as bactérias capsuladas sejam mais virulentas que as não capsuladas.

“Glicocálice”
É uma malha frouxa de fibrilas que se estende para fora a partir da célula.
Função: O glicocálice desempenha um papel importante na aderência das bactérias às superfícies no seu meio ambiente incluindo células de hospedeiros vegetais e animais.
Ex: Streptococcus mutans (aderência a dentina = cárie)

Morfologia bacteriana

Tamanho:
As células bacterianas na sua maioria apresentam o diâmetro variando entre 0,2 a 1,5µm e o comprimento entre 1-6µm.

Forma:
Quanto a forma as bactérias podem apresentar 3 grupos básicos:
a) Cocos: são células esféricas. Ex: Streptococcus spp
b) Bacilos: são células cilíndricas, em forma de bastonetes. Ex: Escherichia coli
c) Espirilos: são células espiraladas. Ex: Treponema pallidum

Arranjo:
Muitas bactérias podem ser classificadas ainda quanto ao arranjo que podem apresentar, isto é, a disposição das células entre si.

Tipos de grupamento:
1- Cocos agrupados aos pares recebem o nome de diplococos.
2- Quando o agrupamento constitui uma cadeia de cocos, estes são chamados de estreptococos (grupamento em cadeia). Ex: Streptococcus pyogenes.
3- Cocos em grupos irregulares, lembrando um cacho de uva, recebem a designação de estafilococos. Ex: Staphylococcus aureus.

Nutrição e crescimento bacteriano
O termo crescimento quando aplicado às bactérias, refere-se ao aumento de indivíduos presentes na população. A divisão da bactéria acontece depois que ela aumenta a massa celular, pela síntese de proteínas, polissacarídeos etc. E isto só acontece se a bactéria tiver acesso a nutrientes. O conhecimento das necessidades nutricionais das bactérias importante para o seu cultivo.
Há bactérias que não são cultiváveis “in vitro” como o Mycobacterium leprae e o Treponema pallidum. Os nutrientes que devem estar no meio de cultivo podem ser divididos de acordo com o seu papel no metabolismo:
- Doadores de hidrogênio: Compostos doadores de hidrogênio (elétrons) sofrem oxidação para a obtenção de energia. Ex: açucares, alcoóis, aminoácidos (compostos orgânicos), nitritos, sulfitos, enxofre (compostos inorgânicos);
- Receptores de hidrogênio: Funcionam como receptores de hidrogênio. Ex: oxigênio, nitrato, sulfato;
- Fontes de carbono: O carbono é um elemento indispensável à síntese dos componentes celulares. Deve ser fornecido à bactéria na forma de açúcar (glicose, lactose, etc.) ou dióxido de carbono (CO2);
- Fonte de nitrogênio: Algumas bactérias necessitam de fontes orgânicas de nitrogênio como os aminoácidos ou o próprio nitrogênio atmosférico;
- Outros compostos: As bactérias necessitam de outros compostos como o enxofre e fósforo além de sais de sódio, potássio e magnésio;
- Fatores de crescimento: Algumas bactérias necessitam ainda da adição de um fator de crescimento como aminoácidos, vitaminas ou outro composto essencial ao seu metabolismo.
Ex: Fatores X e V presentes em baixa concentração no ágar sangue e em altas concentrações no ágar chocolate (é o ágar sangue aquecido).

Fator X (hemina)
Fator V (coenzima correspondente ao NAD ou NADP)

*O Staphylococcus aureus produz este fator (V)
*Haemophilus influenzae (agente de infecções respiratórias e meningite em crianças de 3 anos) necessitam dos dois fatores (V e X) para o seu desenvolvimento em meio de cultura.
*Haemophilus ducreyi (agente responsável pelo cancro mole) necessitam somente do fator X (fornecido pelas hemácias presentes no ágar sangue).

Demonstração:
- Ágar sangue (possui os fatores X e V em baixa concentração)










“Meio de cultura de Haemophilus influenzae com ágar sangue, Staphylococcus aureus possuindo o fator X fornecido no ágar sangue + o fator V fornecido através da produção feita pelo Staphylococcus aureus. Sendo assim, o organismo cultivado cresceu, pois seu meio de cultura possui os dois fatores necessários para sua nutrição e crescimento.”


Ágar nutriente (não possui os fatores X e V) – Controle


Por deficiência do fator X que é fornecido pelo meio ágar sangue fez com que o microrganismo cultivado na placa (Haemophilus influenzae) não crescesse mesmo apresentando na mesma placa o Staphylococcus aureus, fornecedor do fator V.
 
Sendo assim, o microrganismo Haemophilus influenzae, sofreu com a deficiência nutricional e morreu.
"Essa placa foi feita com o objetivo de servir de controle provando a necessidade nutricional do Haemophilus influenzae pelos dois fatores de crescimento (X e V) para sua sobrevivência e crescimento."

Crescimento bacteriano
- Meios e Culturas: Para cultivar as bactérias podemos utilizar meios líquidos, sólidos ou semi-sólidos. Para tornar um meio líquido em semi-sólido ou sólido, basta acrescentarmos o ágar-ágar, que é um polímero de galactose extraído de algas marinhas.
O ágar-ágar não é utilizado como nutriente pela bactéria, só dá consistência ao meio de cultura.
Os meios de cultura podem ser:
1- Meios complexos ou enriquecidos: são meios que não possuem uma composição definida quanto a concentração de cada açúcar, aminoácidos ou vitaminas. São amplamente utilizados no laboratório para o isolamento e cultivo de bactérias. Ex: Ágar-sangue.
2- Meios sintéticos: são meios de composição definida, preparados adicionando-se os componentes desejados. São utilizados em pesquisa, para estudo de necessidades nutricionais. Ex: Vibrio cholerae.
3- Meios diferenciais: são meios de cultura que permitem a diferenciação entre dois ou mais tipos de bactérias observando as características das colônias que crescem no meio.
Ex: Meio MacConkey
Colônias vermelhas (fermentam lactose)
Colônias brancas (não fermentam lactose)
*A alteração da cor das colônias ocorre pela presença de um indicador de pH, chamado de Vermelho Neutro, que em pH ácido torna vermelhas as colônias bacterianas. As bactérias que fermentam o açúcar, presente no meio de cultura produzem ácido e consequentemente cai o pH do meio tornando-as vermelhas.
4- Meios seletivos: são meios de cultura que inibem o crescimento de determinadas bactérias sem impedir o crescimento de outras.
Ex1: MacConkey, amplamente utilizado em Coprocultura (culturas de fezes) e Urocultura (cultura da urina). Este meio contém sais biliares e cristal violeta em concentrações tais que inibem o crescimento de bactérias Gram positivas sem impedir o crescimento de bactérias Gram negativas.
Ex2: Meio CLED, também amplamente utilizado em Coprocultura e Urocultura. Este meio permite o crescimento de algumas bactérias Gram positivas (Ex: Staphylococcus aureus) e de todas as bactérias Gram negativas.

14 de jan. de 2011

Locais para realizar doações as vítimas das chuvas do RJ

Locais para realizar a sua doação para as vítimas das chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro:

Petrópolis

- Centro de Cidadania de Itaipava, que fica na estrada União Indústria 11.860.
- Setrac (Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania), na rua Aureliano Coutinho, 81, centro (Fundos do prédio da Ampla).
- Igreja Wesleyana de Benfica, endereço: estrada Philuvio Cerqueira, 2.700, em Benfica
- Casa Paroquial da Catedral São Pedro de Alcântara.
Telefone para informações: (24) 2242 4300
- Rádio Musical FM. Endereço rua Marechal Deodoro, 79 sala 215 - Centro
- Centro de defesa dos direitos humanos, a pessoa responsável é a Carla tel: (24) 2242-2462.
Endereço: rua Tereza, ou ao lado do Ciep de Itaipava, na Secretaria de Assistência Social
- BIKERS LOUNGE Itaipava, ao lado do posto Esso
- Academia Corpo e Água Itaipava - ao lado do TAMBOATÁ
- Shopping Bauhaus, rua Dr. Nélson de Sá Earp, 88, no Centro.
Telefone para informações: (24) 2237-1349
- Universidade Estácio de Sá – Campus Bingen
- Fundação Leão 16, que fica na rua General Osório, 12, 2º piso, centro.
- Sede da LBV (Legião da Boa Vontade) no Cascatinha. O endereço é rua Luiz Pellegrini, 128.
- Museu Imperial, na rua da Imperatriz, 220, centro.
- Sesc Petrópolis, no Quitandinha
- Sindicato dos Professores de Petrópolis e Região, na rua Floriano Peixoto, 239, centro.
- Sede do Setranspetro (Sindicato do Transporte de Petrópolis),na Rua do Imperador, 100, no Centro
- Prefeitura cadastrou uma conta no Banco do Brasil para receber doações.
O nome da conta é “S.O.S Petrópolis”. Agência: 0080-9, Conta Corrente: 76.000-5

Teresópolis
- Ginásio Pedrão, localizado na rua Tenente Luiz Meirelles, 211, centro.
- Sesc Teresópolis
- Fundação Leão 16, que fica na rua Josafá Cupelo, 390, Bairro de Fátima.

A administração municipal disponibilizou duas contas bancárias para depósito de doações. No Banco do Brasil o nome da conta é "SOS Teresópolis - donativos". Agência: 0741-2 (Banco do Brasil) / Conta: 110000-9. Na Caixa Econômica Federal a agência 4146, conta corrente 2011-1.

Nova Friburgo
- Sede da Prefeitura, localizada na avenida Alberto Braune, 225, centro.
- Igreja Catedral Matriz, na praça Getúlio Vargas, centro.
- Polo da FIA (Fundação da Infância e Adolescência), que fica na avenida Julius Antônio Thuller, 480, Olaria.
A administração municipal abriu uma conta no Banco do Brasil para doação às vítimas da cidade. Nome da conta: SOS Nova Friburgo. Agência é 0335-2 e a conta corrente 12000-3.

Rio de Janeiro
- Unidades do Sesc Rio e do Senac Rio. Sede da Fecomércio-RJ, que fica na Rua Marquês de Abrantes, 99, no Flamengo, zona sul.
- Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) na Palácio Tiradentes, no Saguão Getúlio Vargas.
- Secretaria de Governo do Rio, na rua Pinheiro Machado, s/n, em Laranjeiras, na zona sul
- Metrô Rio, em parceria com a ONG Viva Rio, recolhe doações em 11 estações das linhas 1 e 2: Carioca, Central, Largo do Machado, Catete, Glória, Ipanema/General Osório, Pavuna, Saens Peña, Botafogo, Nova América/Del Castilho e Siqueira Campos. Poderão ser doados até o dia 11 de fevereiro água, alimentos não perecíveis e material de higiene pessoal.
- Cruz Vermelha, na praça da Cruz Vermelha 10, centro.
- Banda de Ipanema e a Associação dos Moradores de Ipanema vão receber doações apenas neste sábado (15). O ponto de coleta ficará na Rua Jangadeiros, na Praça General Osório, entre as ruas Visconde de Pirajá e a Prudente de Morais.
- Rodoviária Novo Rio, na avenida Francisco Bicalho, 1, Santo Cristo. A rodoviária recebe doações para a Cruz Vermelha, que podem ser feitas no embarque inferior, das 9h às 17h.
- Center Shopping Rio, na avenida Geremário Dantas, 404 , em Jacarepaguá, na zona oeste. As doações devem ser entregues no SAC(Serviço de Atendimento ao Cliente), no 3º piso.
- Fashion Mall, na estrada da Gávea, 899, em São Conrado, na zona sul.
- Ilha Plaza, na av. Maestro Paulo e Silva, 400, na Ilha do Governador, na zona norte. Os mantimentos devem ser entregues no Espaço Família – localizado no 3º piso do shopping.
- Norte Shopping, na av. Dom Hélder Câmara, 5474, no Cachambi, na zona norte
- Rio Plaza Shopping, na rua General Severiano, 97, em Botafogo, na zona sul
- Recreio Shopping, na avenida das Américas, 19.019, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste
- Shopping Tijuca, na avenida Maracanã, 987, na Tijuca, zona norte
- West Shopping, na estrada do Mendanha, 555, no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), no 1º piso, em Campo Grande, na zona oeste;
- Shopping Leblon, na avenida Afrânio de Melo Franco, 290, no Leblon, na zona sul. Tem um setor de coleta de doações no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), no primeiro piso.
- Bangu Shopping, na rua Fonseca, 240, em Bangu, na zona oeste.
- Passeio Shopping, rua Viúva Dantas, 100, em Campo Grande, na zona oeste.
- Santa Cruz Shopping, rua Felipe Cardoso, 540, Santa Cruz, na zona oeste.
- Shopping Grande Rio, na rodovia Presidente Dutra, 4.200, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
- Center Shopping Rio, na avenida Genemário Dantas, 404, em Jacarepaguá, na zona oeste
- Carioca Shopping, na avenida Vicente de Carvalho, 909, na Vila da Penha, na zona norte.
- Caxias Shopping, na rodovia Washington Luiz, 2895, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
- Jornal do Brasil - Av. Paulo de Frontin, 568 - Rio Comprido. Tel.: Tel: 3923-4000. O Jornal do Brasil está aceitando todos os tipos de doações.
- Vianense Supermercados disponibilizou todas as filiais para receber doações.
- Praia para todos, no Posto 3. Estão recolhendo água mineral, alimentos não perecíveis e de fácil uso como sopa instantânea, material básico de higiene.
- Secretaria Estadual de Assistência Social recebe doações na sede da FIA (Fundação da Infância e Adolescência) em Botafogo e Niterói. Em Botafogo, na zona sul do Rio, o endereço da FIA é rua Voluntários da Pátria, 120. Em Niterói, a FIA fica na rua General Castrioto, 589, Barreto.
- Viva Rio. O Programa de Voluntariado do Viva Rio iniciou a campanha S.O.S Região Serrana. Quem quiser pode enviar donativos para rua do Russel, 76, na Glória, ou depositar na conta corrente do Banco do Brasil 411396-9, agência: 1769-8; o CNPJ é 00343941/0001-28.
- Agências do banco Itaú / Unibanco estão com pontos de arrecadação. A instituição também disponibilizou uma conta para doações, que serão encaminhadas ao governo do Estado do Rio, que vai distribuir para os municípios atingidos. A conta está em nome do Fundo Estadual de Assistência Social do Estado do Rio de Janeiro, agência 5673, conta: 00594-7. O CNPJ é 02932524/0001-46.
- Hemorio, na rua Frei Caneca, 8, centro, das 7h às 18h. O Hemorio pede que as pessoas doem sangue para as vítimas das chuvas. Os estoques estão quase zerados. Pode doar sangue quem tiver entre 18 e 65 anos, mais de 50 quilos e estiver bem de saúde. Basta levar um documento oficial de identidade com foto. Informações e agendamento pelo disque sangue 0800-282-0708.
- Lojas Americanas
- Inea (Instituto Estadual do Ambiente), na avenida Venezuela, 110, Praça Mauá, centro.
- Os restaurantes Via China e Chap´s estão recebendo doações nas lojas que funcionam nos seguintes endereços:
Em Botafogo, na zona Sul, a loja do Via China fica na rua Conde de Irajá, Nº 288. Na Tijuca, zona norte o endereço do Via China rua Dona Delfina, Nº 17. O restaurante Chap´s funciona na avenida Armando Lombardi, nº 633, Barra da Tijuca, na zona oeste.
- O jogador Petkovic disponibilizou a sua pizzaria para as pessoas entregarem donativos. O restaurante fica na Barra da Tijuca, na zona oeste e o endereço é: Avenida Poty Medeiros 60, loja 106 - Centro Comercial do condomínio Mandala.
- Todos os campus da Unisuan estão disponíveis para doação. Ao todo são 12 endereços em diversas localidades. Mais informações no Tel. 0800.2820-007
- Pontos com o ônibus de coleta de doações identificado com uma faixa “Parada Solidária – Faça aqui sua doação / Desabrigados pelas chuvas”
Largo da Carioca, Centro
Cinelândia (a partir de 2ª feira, dia 17, em frente à Câmara dos Vereadores)
Terminal Alvorada, Barra da Tijuca (na Administração)
Ilha do Governador – sede da Sub-Prefeitura em frente ao posto RioCard
Praça General Osório, Ipanema (a partir de sábado, dia 15)

Outros pontos
- Rodovia BR-040, nas praças de pedágio situadas em Duque de Caxias (km 104), Areal (km 45) e Simão Pereira (km 816), além da sede da empresa (km 110/JF, em Caxias). Nas praças de pedágio, as doações podem ser entregues nos postos do serviço de informação ao usuário da rodovia.
- Pontos com o ônibus de coleta de doações identificado com uma faixa “Parada Solidária – Faça aqui sua doação / Desabrigados pelas chuvas”

Em Duque de Caxias e Magé:
Terminal Rodoviário Plínio Casado, Duque de Caxias
Terminal Rodoviário do Shopping Center, Duque de Caxias
Rodoviária de Piabetá, Magé
Praça da Prefeitura de Magé

Em Niterói
Terminal João Goulart (em frente ao posto do Setrerj)
A Autopista Fluminense, concessionária que administra a BR-101/RJ entre Niterói e a divisa com o estado do Espírito Santo.
Para mais informações, o usuário pode ligar para 0800 2820 101 ou acessar o site www.autopistafluminense.com.br.

Os interessados devem doar principalmente água, alimentos, roupas e colchonetes.

 

Voluntários para socorro das vítimas do Rio de Janeiro

Divulgando a ficha para cadastro do profissional da saúde ficar como voluntários para socorro às vítimas da catástrofe ocorrida no Estado do Rio de Janeiro.
Cerca de 131 profissionais da Saúde já se cadastram para ajudar, só falta você!!!
Esse é o link para realizar o cadastro:  http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=5781
Não deixe de ajudar!

"OS PROFISSIONAIS PODERÃO OU NÃO SER CONVOCADOS, DE ACORDO COM AS NECESSIDADES E SOLICITAÇÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO."

Vejam a cobertura sobre o atendimento médico às vítimas das enchentes do Rio no blog Médico Nerd:

13 de jan. de 2011

Meiose - Processo de Divisão Celular

Meiose
Muitos dos acontecimentos da mitose, como a formação do fuso acromático, o desaparecimento da membrana nuclear (carioteca) e o movimento dos cromossomo para o equador da célula, tambem ocorrem na meiose. A diferença basica entre os dois processos é que, na meiose, acontecem duas divisões celulares seguidas, que resultam na formação de quatro células-filhas para cada célula que inicia o processo. Durante esse período cada cromossomo se duplica apenas uma vez, o que explica a redução do padrão cromossomial de 2n para n e, depois, com a fecundação, a manutenção do número de cromossomos de uma geração para outra.

Primeira divisão da meiose


A primeira divisão da meiose ou meiose I tem quatro etapas:
Prófase I - Ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos, ou seja, cada cromossomo duplicado emparelha-se com seu homólogo. Esse emparelhamento é exclusivo da meiose e garante que cada célula-filha receba um cromossomo de cada par de homólogos. A membrana nuclear e o nucléolo fragmentam-se e os fios de cromatina condensam-se. Pode ocorrer troca de pedaços entre cromossomos homólogos. Essa fase está dividida em subfases.
Metáfase I - Por causa do emparelhamento, os cromossomos homólogos não ficam alinhados no mesmo plano, como na mitose. Eles permanecem de cada lado da região mediana do fuso acromático.
Anáfase I - Os cromossomos homólogos separam-se e vão para os pólos opostos, por causa da contração dos fios do fuso. Ao contrário do que ocorre na mitose, as cromátides não se separam; os cromossomos que migram para os pólos são cromossomos duplos, e não simples.
Telófase I - Os cromossomos chegam aos pólos ainda duplicados, sem se desenrolarem completamente, como na mitose. O citoplasma divide-se e formam-se duas células-filhas. Como não possuem pares de homólogos, essas células são haplóides e a divisão é reducional ( Produz células-filhas com a metade dos cromossomos da célula-mãe; ocorre na formação de gametas).

Segunda divisão da meiose


O intervalo entre a primeira e a segunda divisão da meiose (ou meiose II ) é chamando de intercinese. Ele é muito curto e logo começa uma segunda prófase. É importante observar que não vai ocorrer outra duplicação do DNA.
Como não existem cromossomos homólogos na mesma célula, também não haverá emparelhamento. Assim, os movimentos cromossomiais são idênticos aos da mitose.
No fim da segunda divisão, o número de cromossomos não se reduz. Por isso ela é chamada de divisão equacional. No entanto, como cada cromossomo duplicado se separa em dois cromossomos simples, não há mais duas cópias de cada molécula de DNA por célula.

Subfases da prófase I
A prófase I apresenta uma série de fenômenos que a tornam bem diferente da prófase da mitose. É uma fase prolongada e dividida em cinco etapas:
*Leptóteno – os cromossomos começam a se condensar e, apesar de estarem duplicados, a duplicação não é visível ao microscópio óptico;
*Zigóteno – inicia-se o pareamento visível dos cromossomos homólogos, processo também chamado de sinapse;
*Paquíteno – completa-se o pareamento dos homólogos, que se apresentam espessos, pois os filamentos estão muito condensados. Cada par de homólogos forma uma díade ou bivalente; como a duplicação dos cromossomos é bem visível, observamos quatro cromátides, cujo conjunto é chamado de tétrade. Inicia-se a permutação ou o crossing-over ( do inglês, cruzar sobre ), que é a quebra de cromátides homólogas acompanhada de uma ressoldagem trocada e em diagonal. O resultado é um intercâmbio de genes entre os cromossomos homólogos de origem paterna e materna. Trata-se de um fenômeno muito amplo, que ocorre em todos os cromossomos de praticamente todas as células que sofrem meiose e aumenta consideravelmente a variedade genética, o que é importante na evolução das espécies;
*Diplóteno – os cromossomos começam a separar-se, mas permanecem unidos nos pontos das cromátides em que ocorreram as permutações. Em cada um desses pontos aparece uma figura em X, chamada de quiasma.
*Diacinese – os cromossomos ficam mais condensados e os quiasmas deslizam para a extremidade da bivalente, fenômeno chamado de terminalização dos quiasmas; a permutação completa-se na anáfase I, com a separação dos homólogos. A occorência de permutação é facilmente constatada, uma vez que seu número é iqual ao de quiasmas observados.


Conclusão

Meiose é um processo de divisão celular na qual, células diplóides (2n) dão origem a quatro células haplóides (n). Essa forma de divisão possibilita a formação dos gametas (células sexuais). A meiose ocorre em duas etapas que se subdividem em prófase, metáfase, anáfase e telófase. A fase que antecede a meiose é conhecida como interfase, que consiste na duplicação dos cromossomos, da célula que se apresentam como filamentos duplos denominados cromátides.

6 de jan. de 2011

Virusterapia

“Um dos grandes inimigos da humanidade usado para atacar outra ameaça a vida – o câncer”

Um dos primeiros indícios de que os vírus poderiam ser úteis no combate ao câncer surgiu em 1912, quando um ginecologista italiano observou a regressão de um câncer cervical em uma mulher que havia sido inoculada com uma vacina contra raiva proveniente de uma forma viva, porém atenuada, do próprio vírus. Com isso os médicos passaram a injetar, pela primeira vez, intencionalmente os vírus nos pacientes com câncer. Isso se deu no final da década de 40, mas não houve resultado satisfatório. Ao se passar 20 anos do ocorrido, pesquisadores descobriram que um vírus causador da variante animal de Newcastle mostra preferência por células tumorais. Foi então aprimorada tal tendência do vírus, cultivando-o por gerações em células cancerosas humanas em laboratório.
Na década de 70 e 80, dois grupos descreveram pacientes cujos linfomas regrediram após terem se infectado pelo vírus do sarampo.
Conceito Moderno: Teve inicio no final da década de 90, quando pesquisadores modificaram geneticamente partículas virais para que seletivamente replicassem dentro da célula tumoral, matando-a.
Partículas usadas: Foram usados derivados de adenovírus (causadores do resfriado comum). Outros vírus em estudo incluem o herpes simples, o parvovírus, a vacínia e o reovírus e o vírus aviário da doença de Newcastle. Os adenovírus, intensamente explorados para a virusterapia, são uma atraente opção, isso em parte porque os pesquisadores conhecem bem a biologia de tal partícula viral.
Os geneticistas estão trabalhando na adequação de adenovírus e outros vetores virais, ou sistemas de liberação de genes, para melhorar a segurança e diminuir as chances de que ocorra qualquer tipo de tragédia.
A virusterapia é uma nova estratégia para tratamento do câncer que prevê a infecção e a morte seletiva de células tumorais. Pesquisadores estão testando abordagens para direcionar vírus específicos (os adenovírus) às células cancerosas, deixando as células normais intocadas.
Os vírus utilizados (já descritos acima) podem tanto matar as células tumorais, ao rompê-las, como liberar genes que tornam as células mais suscetíveis às quimioterapias tradicionais auxiliando assim no tratamento tradicional contra o câncer. Os mesmos tipos de vírus utilizados na virusterapia podem ser marcados por fluorescência ou radioatividade. Uma vez liberados no corpo, eles se dirigem às células do câncer. Os médicos, no futuro, podem vir a usar a técnica de imageamento para detectar a presença de tumores diminutos.


Baixar: "Liquidando Oncocélulas com o uso de Vírus" Virusterapia

2 de jan. de 2011

Sistema excretor (Parte II)

Parte II - Funções do Sistema Excretor

Formação da urina

Entende-se a urina como um subproduto das atividades reguladoras corporais, é o produto final de um processo fisiológico complicado e equilibrado, podendo ter sua constituição alterada por mecanismos normais e/ou patológicos. Sua formação pelos nefrons resulta de três processos básicos: filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. Estes processos geralmente se interagem, havendo substâncias que são processadas por um meio, ou por situações conjugadas que terminam por removê-las do plasma ou reabsorvê-la ao organismo. O processo de remoção é chamado de clareamento.

Filtração glomerular
É a fase inicial de formação da urina e consiste na produção de grande quantidade de ultrafiltrado do plasma que tem pequena quantidade de proteína e é acelular. As células endoteliais dos capilares glomerulares contêm vários poros que funcionam como uma peneira permitindo a filtração de moléculas de até 68.000 daltons. Esta filtração depende de fatores como tamanho, tipo e carga da molécula, seu alinhamento em relação aos poros e também seu aumento devido a associação com outras moléculas, além da configuração da parede dos capilares glomerulares. A pressão hidrostática arterial é a maior força favorecendo a filtração glomerular, isto é, a energia requerida para a filtração glomerular é derivada da pressão sangüínea gerada pela contração do ventrículo esquerdo e a elasticidade das paredes vasculares. A velocidade que os rins formam o filtrado glomerular é chamada de taxa de filtração glomerular (TFG). A qualidade e quantidade do filtrado glomerular é influenciado por vários fatores tais como: a pressão sangüínea, o volume de sangue nos capilares glomerulares, a pressão oncótica nos mesmos, o número e permeabilidade destes capilares, a pressão intersticial e a pressão intra tubular. Apesar de a filtração glomerular ter a função de reter substâncias vitais como células e proteínas e eliminar catabólitos, às vezes torna-se difícil essa diferenciação pela semelhança de tamanho e cargas, podendo algumas substâncias vitais ser eliminadas.

Fatores que influenciam a permeabilidade dos capilares glomerulares às moléculas protéicas:
1. Tamanho da molécula;
2. Fricção da molécula entre os poros;
3. Atração às moléculas de carga positiva e repulsão às moléculas de carga negativa;
4. Diferença de alinhamento da molécula com os poros;
5. Aumento do tamanho da molécula com a associação entre elas;

Reabsorção e secreção tubular
É o mecanismo que permite selecionar substâncias que são aproveitáveis ou não pelo corpo. Por exemplo, a creatinina e a alantoina não são utilizadas por isso não são reabsorvidas, já as vitaminas, os aminoácidos, a glicose são necessárias por isso são reabsorvidas. Algumas substâncias possuem capacidade limitada de reabsorção como a glicose; quando este limiar é ultrapassado é detectada na urina.
1. TCP: Reabsorção ativa de glicose, proteínas, aminoácidos, vitaminas, ácido hidróxido butírico, ácido úrico, sódio, potássio, cálcio (paratormônio "aumenta"), fosfato (paratormônio "diminui"), bicarbonato (80-85% do bicarbonato é reabsorvido no TCP, e o restante na alça de Henle e TCD). Reabsorção passiva de cloretos, água e uréia e secreção de H+ que troca com o sódio.
2. AH parte descendente- Reabsorção passiva de água e secreção de sódio e uréia.
3. AH parte ascendente (fina) Reabsorção passiva de sódio e uréia.
4. AH ascendente (espessa) Reabsorção ativa de cloro, cálcio e passiva de sódio e potássio.
5. TCD Reabsorção ativa de sódio (aldosterona), cálcio e bicarbonato, pequenas quantidades de glicose. Reabsorção passiva de cloro e água (ADH). Secreção ativa de H+, amônia e ácido úrico. Secreção passiva de potássio.
6. TC: Reabsorção ativa de sódio (aldosterona). Reabsorção passiva de cloro, água (ADH). Secreção ativa de H+ e secreção passiva de potássio.

Concentração e diluição da urina
Os rins têm a função vital na regulação da excreção de água pelo organismo podendo conservar água por concentração da urina, quando o organismo necessitar ou eliminar (diluir) a urina quando houver excesso de água.

Concentração
Sabe-se que cerca de 60 litros de filtrado glomerular é formado por dia em um cão de 10 kg, mas somente 0,5 litro é normalmente eliminado pela urina. Cerca de 75% é reabsorvida passivamente no TCP seguindo reabsorção ativa de Na, Cl, glicose, Ca, PO4 e outros. Após a reabsorção de eletrólitos pela parte ascendente da AH o fluido que chega ao TCD em cães é hipo osmótico (1005) e iso osmótico nos gatos(1008). A ação de concentração de urina tem ação do hormônio antidiurético (ADH) produzido no hipotálamo e estocado na hipófise. Este hormônio influencia a permeabilidade dos túbulos distais e coletores a água. Após a concentração e diluição respectivamente pela parte descendente e ascendente da AH, o fluido glomerular chega aos TCD. Ocorre dai a ação do ADH, que aumenta a permeabilidade do TCD e TC à água, concentrando o fluido que terá mais soluto que água em comparação com o filtrado glomerular, elevando os valores da densidade urinária.

Diluição
Na ausência de ADH, pouca água será removida do lúmen tubular distal e coletor. Como o transporte ativo de soluto (sódio) não será afetado mais soluto será removido do lúmen tubular que água, tornando a urina mais diluída em relação ao filtrado glomerular. Nesses casos, a densidade urinária estará menor que do filtrado glomerular (<1008) ou a densidade plasmática o que se chama hipotenúria. Também no processo de diluição e concentração da urina é importante citar o Mecanismo Contra Corrente (MCC). A função do MCC é gerar e manter alta concentração de soluto no interstício medular (primariamente sódio, cloreto e uréia) no sentido de atrair água de uma região de baixa concentração de soluto (túbulos distais e coletores). Nestes casos, quaisquer doenças que impeçam ou dificultem esta concentração pode gerar poliúria. Como exemplo, temos os casos de insuficiência hepática na qual se observa baixa produção de uréia; perda de NaCl e perda de sódio em casos de hipoadrenocorticismo ou doenças glomerulares que podem também interferir com essa concentração medular.
Rim, órgão endócrino. Nos cães o rim é o único órgão produtor de eritropoetina, hormônio que regula a produção e liberação de eritrócitos pela medula óssea, sendo que nos outros animais o fígado também tem essa função. É responsável pelo metabolismo da vitamina D (25-hidroxicolecalciferol) hepática para sua forma ativa (1-25-dihidroxicolecalferol) que é responsável pela absorção de cálcio intestinal e mobilização de cálcio e fósforo dos ossos.

Degradação hormonal
O rim possui a função de degradação e excreção de vários hormônios como o paratormônio, o hormônio do crescimento, a secretina, a colecistoquinina, o glucagon, a gastrina, a prolactina, a insulina, a tireotrofina e o ADH. Esta função torna-se importante pois em casos de insuficiência renal a retenção hormonal pode ocasionar ou exacerbar crise urêmica. As funções do néfron são modificadas por vários hormônios e agentes bioativos como a renina, a angiotensina, as catecolaminas, o ADH, a aldosterona, o paratormônio, o glucagon, o hormônio do crescimento, a calcitonina, a vitamina D e a tiroxina.
Aparelho justa glomerular
Consiste das arteríolas aferentes e eferentes, mácula densa, os túbulos distais, as células granulares. Tem apel importante na hemodinâmica renal. Quando se reduz a perfusão renal, diminui a pressão nas arteríolas aferentes ocorrendo ativação do sistema renina-angiotensina com liberação de renina, enzima proteolítica presente nas arteríolas aferentes e em menor quantidade das arteríolas eferentes, dando origem a todo o esquema anterior.

1 de jan. de 2011

Sistema Excretor (Parte I)

Parte I - Estruturas do Sistema Excretor

Sistema excretor (renal)
É o responsável pela manutenção da homeostasia pela eliminação de metabólitos corporais, assim como a produção e degradação de vários hormônios.

Rim
O rim é composto de córtex e medula sendo a ultima totalmente circundada pelo primeiro.

Nefron
O nefron é a unidade funcional do rim, sendo composto de glomérulo, capsula de Bowman, túbulo contornado proximal, túbulo contornado distal, túbulo coletor, alça de Henle, interstício e vasos.

Glomérulo
É o responsável pela produção de grande quantidade de ultra filtrado do plasma sendo que somente pequena quantidade do mesmo é eliminada pela urina. Contém células dos capilares endoteliais, células epiteliais parietais e viscerais, células mesangiais, membranas capilares basais. Todos os glomérulos são corticais.
Cápsula de Bowman
A cápsula de Bowman tem a função de armazenar o filtrado glomerular para encaminhá-lo aos túbulos contornados proximais.

Túbulo contornado proximal (TCP)
Tem a função de coletar o filtrado glomerular do espaço de Bowman. Nos TCP ocorre reabsorção passiva e ativa de 75% do filtrado glomerular. A parte luminal é coberta por numerosas microvilosidades que aumentam a capacidade absortiva. Existe uma parte enovelada de localização cortical e uma parte reta que segue em direção medular.

Alça de Henle (AH)
Em continuação ao túbulo TCP, segue AH que possui uma parte descendente e uma ascendente que mergulham profundamente na medula renal, representando maior papel na geração do gradiente de concentração do soluto no interstício medular e no plasma. O soluto na parte descendente da alça de Henle é concentrado por movimento passivo de água para o interstício hiperosmolar, já a parte ascendente é impermeável a água, mas o NaCl se move para o interstício medular de forma passiva e ativa na parte externa medular, criando urina diluída. O cloreto é absorvido de forma ativa, sendo o sódio absorvido a seguir por absorção passiva.

Túbulo contornado distal (TCD)
É a continuação da parte ascendente da AH, situando-se próximo ao glomérulo e arteríolas aferentes. As células da camada imediatamente inferior do epitélio da AH e TCD secretam a mucoproteína de Tamn Hosfall que serve de base para a formação dos cilindros.

Túbulo coletor (TC)
É a continuação dos TCD conduzindo a urina formada aos ureteres. A saída de uréia nos TC ajuda na manutenção da hiperosmolaridade intersticial.

Tecido intersticial (TI)
É o tecido que rodeia os glomérulos, túbulos, vasos e nervos. É composto por fibroblastos, colágeno e células mononucleares. Acredita-se que neste local ocorra a síntese de prostraglandinas E2 e F2a.

Rede vascular
Compreende seqüencialmente: artéria renalÞque divide-se em dois ramosÞsubdivide-se em artérias interlobaresÞartérias arcuadasÞarteríolas aferentes que se dividem em numerosos capilares para formar o glomérulo. O sangue que perfunde os capilares peri tubulares passam primeiro através do glomérulo; então, qualquer processo que altere o fluxo sangüíneo pelo glomérulo pode alterar a sua função alterando a perfusão tubular, resultando em doenças tubulares/intersticiais secundárias. A circulação glomerular é especializada para a filtração, sendo o primeiro passo para a formação da urina; os capilares peri tubulares são especializados na reabsorção de fluido e soluto dos túbulos e a circulação medular é especializada na concentração e a diluição da urina. A vasa recta são capilares formados pelas arteríolas eferentes vindas de glomérulos localizados adjacentes à medula e fornece nutrição à mesma, remove solutos e solventes que são necessários para manter a concentração e osmolaridade intersticial normal, possuindo ainda a função vital na remoção de água do interstício medular dentro do mecanismo de contra corrente.