26 de ago. de 2008

Nucleo celular

O núcleo é o responsável pelo controle de todas as funções celulares.

A maior parte das células de nosso corpo possui um único núcleo. Contudo, há células que não possuem nenhum (globulos vermelhos maduros) e outras que possuem vários, como, por exemplo, às células musculares esqueléticas.
Como nem todas as células possuem um núcleo definido, a biologia as dividiu em dois grupos: as eucariontes (células com núcleo definido) e as procariontes (células sem núcleo definido).Dentro destes dois grupos, é importante sabermos que mesmo as células
procariontes possuem DNA. Neste caso, ao invés de concentrar-se no núcleo, como ocorre com as células eucariontes, o DNA geralmente se encontra no nucleóide.O nucleóide não é um verdadeiro núcleo, uma vez que não se encontra separado do resto da célula por membrana própria. Este consiste em uma única grande molécula de DNA com proteinas associadas.No caso das células eucariontes, o núcleo encontra-se separado pelo envoltório nuclear, que, além de ter a função de separar o núcleo do citoplasma, comunica-se com o citoplasma através dos poros nucleares. Estes poros, são os responsáveis pelo controle da troca de substâncias entre o núcleo e o citoplasma.Dento do núcleo, encontram-se corpos em formatos esféricos denominados nucléolos, compostos protéicos, DNA e RNA e os genes nucleares, também conhecidos como codigo genetico
. Estes genes são os responsáveis não só pelas características hereditárias, como também, pelo controle da maioria das atividades realizadas pelas células.
De forma geral podemos dizer que o núcleo possui duas funções básicas: regular as reações químicas que ocorrem dentro da célula e armazenar suas informações genéticas.

Transporte Passivo

O transporte passivo é o transporte que ocorre entre duas soluções que tem por objetivo igualar as concentrações, ele ocorre sem o gasto de energia.

Ele se divide em dois tipos: difusão e osmose.

A difusão é a modalidade de transporte passivo, na qual, o soluto passa da solução mais concentrada (hipertônica) para a menos concentrada (hipotônica). Isto ocorre com o objetivo delas se tornarem iguais (isotônica). Quanto maior for a diferença entre as concentrações, mais rápido será o transporte. Por exemplo, a nicotina entra mais rapidamente na corrente sanguínea do não fumante do que na do fumante, isto ocorre devido ao fato desta substância não estar presente na corrente sanguínea do indivíduo que não fuma. Outro exemplo sobre a difusão é o cloro jogado na piscina. Ele se misturará completamente a água, deslocando-se do meio de maior concentração para o menos concentrado até ficar distribuído homogeneamente por toda a piscina.

A osmose é a modalidade de transporte passivo, na qual, o solvente é transportando do meio de maior concentração para o meio menos concentrado.Um exemplo bem simples para entendermos a osmose é observar a ação do açúcar sobre o morango. Quando colocado em contato com o morango, o açúcar recebe a água contida nesta fruta. Também observamos a osmose quando tomamos banho de mar, uma vez que há uma concentração de soluto (sal) bem mais elevada no mar do que aquela presente em nosso corpo.Há situações em que ambas (osmose e difusão) ocorrerão simultaneamente. Este é o caso do sal que ao ir para a corrente sanguínea, passará para o liquido intersticial (liquido de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus resíduos) por difusão. E por osmose, a água contida no líquido intersticial passará para a corrente sanguínea. O resultado disso será a elevação do volume de sangue e da pressão sanguínea.

Mitocôndria

Toda a atividade celular requer energia, é através da mitocôndria que esta energia necessária às atividades das células será gerada.
Para obter energia, a célula obrigatoriamente precisa de glicose. A mitocôndria tem a função de quebrar a
glicose introduzindo oxigênio no carbono, o que resta é o gás carbônico, que sairá através da expiração.Este processo realizado por esta importante organela celular é conhecido como respiração celular. Para que as células possam desempenhar suas funções normalmente, elas dependem de várias reações químicas que ocorrem dentro da mitocôndria.Apesar de sua grande importância, a mitocôndria é uma organela celular bastante pequena. Existem células que possuem um grande número de mitocôndrias, contudo, a quantidade desta organela dependerá da função de cada uma. Quanto mais a célula necessitar de energia para realizar suas funções vitais, mais mitocôndrias ela produzirá. Com relação a sua estrutura, de forma simplificada podemos dizer que a mitocôndria possui duas membranas (uma externa e outra interna). Muitas das reações químicas ocorrem em sua membrana interna. A membrana externa tem a função de revestir e sustentar suas organelas.

Transporte Ativo

O transporte ativo é a energia usada pelas células para transportar substâncias através de sua membrana plasmática. Este processo envolve uma proteína transportadora denominada bomba, que executa o transporte carregando uma substância, através da membrana celular, de uma área de menor concentração para outra de maior concentração.Como vimos acima, este transporte requer energia da célula, e esta, por sua vez, gasta aproximadamente 40% de seu ATP (estoque de energia livre na célula) neste processo.Além desta função, a proteína bomba age ainda como uma enzima, que por sua vez, realiza a quebra do ATP. Por expelir íons sódio (Na+) e introduzir íons potássio (K+), essa proteína também é conhecida como bomba de sódio-potássio (Na+ / K+).Todas as células possuem milhares de bombas como estas em suas membranas plasmáticas. Esta grande quantidade se deve a sua grande importância, pois, é através delas, que se torna possível manter uma baixa concentração de íons sódio no citosol, e, em contrapartida, uma maior concentração de íons potássio.O citosol é o líquido que preenche o citoplasma, espaço entre a membrana plasmática e o núcleo, que contém bolsas, canais e organelas citoplasmáticas.Entretanto, ao mesmo tempo em que o sódio é expelido, o potássio é introduzido no interior das células. Essas concentrações mantidas constantemente através do transporte ativo, como já vimos, requerem bastante energia da célula, pois, estes íons são transportados sempre para a região de sua maior concentração.O contrário ocorre no transporte passivo (difusão e osmose), pois neste caso, a maior concentração de solvente ou soluto sempre se dirigirá para a área de menor concentração.

13 de ago. de 2008

Membrana Plasmatica

De forma simples, podemos definir a membrana plasmática como envoltório celular. Este envoltório será o responsável pela forma da célula e pelas substâncias que entram e saem dela.

Sua composição química é lipoprotéica (gordura + proteína), porém, esta não se dá de forma homogênea.Há dois tipos de substância que atravessam a membrana plasmática: as hidrossolúveis e as lipossolúveis. As substâncias hidrossolúveis chegam ao interior das células somente após atravessarem os poros contidos nas proteínas transportadoras. Contudo, este transporte somente ocorrerá se estas substâncias forem menor do que o tamanho do poro desta proteína.No caso das substâncias lipossolúveis, estas atravessam a membrana plasmática bem mais facilmente, pois a maior parte da membrana plasmática é formada por lipídeo. Aqui, as substâncias não necessitam ser pequenas, necessariamente, para chegarem ao interior da célula.Este processo de entrada e saída de substâncias através da membrana plasmática são conhecidos como
transporte passivo (difusão e osmose) e transporte ativo (endocitose, fagocitose, exocitose).Curiosidade: As substâncias hidrossolúveis que atravessam a membrana plasmática são: água (H2O), oxigênio (O2), gás carbônico (CO2), uréia, vitamina C, glicose, ácido salicílico, ácido láctico, proteínas pequenas (menores que o tamanho dos poros das proteínas transportadoras), aminoácidos e sais minerais.

3 de ago. de 2008

Transfusão Sanguínea

Na transfusão do sangue de uma pessoa de um grupo sangüíneo a um receptor de outro grupo, é provável que ocorra uma reação transfusional, caracterizada pela aglutinação dos eritrócitos do sangue do doador. É muito raro que o sangue transfundido possa causar aglutinação das células do receptor , pela seguinte razão: a porção do plasma do sangue do doador dilui-se imediatamente com o plasma do receptor, diminuindo assim, o título das aglutininas injetadas até um nível demasiado baixo para causar aglutinação. Por outro lado, o sangue transfundido praticamente não dilui as aglutininas do plasma do receptor, assim estas ainda podem aglutinar as células do doador.
No sistema ABO, indivíduos AB, que não possuem aglutininas podem receber sangue de qualquer grupo, sendo denominados receptores universais. Ao contrário indivíduos do grupo O, possuindo ambas aglutininas só podem receber sangue de indivíduos de grupos semelhantes, porque estes não tem antígenos A ou B. Todavia, por não possuírem antígenos, podem doar sangue a qualquer pessoa, sendo então denominados doadores universais.

As transfusões podem ser:
Isogrupo - Quando doador e receptor são do mesmo grupo ABO.
Heterogrupo - doador e receptor são de grupo sangüíneo diferente.
A escolha do sangue se baseia em que o indivíduo não pode ser transfundido com um sangue que possua um antígeno que ele não tenha, pois o anticorpo presente no seu plasma, contra esse antígeno, iria reagir com essas transfundidas. Em vista disso fica claro que um indivíduo do grupo A não pode tomar sangue B e assim por diante.
Sempre que possível deve se transfundir sangue isogrupo, pois se por exemplo, transfundimos o sangue do grupo O a um paciente do grupo A, junto com as hemácias Transfundidas temos uma quantidade de plasma onde há anticorpo anti-A, que poderá reagir com as hemácias deste paciente causando um grau de hemólise maior ou menor, mas que poderá Ter um significado a depender do quadro clínico do paciente. Cada caso deve ser analisado pelo hemoterapeuta.

Sangue humano

O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em uma pessoa normal sadia, cerca de 45% do volume de seu sangue são células (a maioria de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).
O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
Este movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sanguíneos. O sangue transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas.
No interior de muitos ossos, há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.
O
sangue é formado por um líquido amarelado denominado plasma, no qual se encontram em suspensão milhões de células.
Entre as proteínas plasmáticas, encontram-se as albuminas, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; o fibrinogênio e a protombina, que participam na coagulação; e as globulinas, incluindo os anticorpos, proporcionam imunidade em face de muitas doenças.
Uma grande parte do plasma (95%) é composta pela água, meio que facilita a circulação de muitos fatores indispensáveis que formam o sangue.
O nível de sal no plasma é semelhante ao nível de sal na água do mar.
Plasma

O plasma sangüíneo possui proteínas, sais e substâncias diversas, tais como nutrientes, CO2, excretas e hormônios. Cerca de 20% das proteínas do plasma pertencem ao grupo das gamaglobulinas, que constituem os anticorpos; estes protegem o organismo contra agentes infecciosos. Outra proteína importante do plasma sangüíneo é o fibrinogênio, que atua na coagulação sangüínea.


Ø Água => transporta moléculas dissolvidas;
Ø Proteínas (albumina, fibrinogênio, imunoglobulinas) => dão viscosidade ao sangue e estão relacionados à defesa do organismo;
Ø Oxigênio => participa da respiração celular;
Ø Gás carbônico => resíduos da respiração celular; estimula o bulbo, que controla os movimentos respiratórios, através do H+ que é liberado pelo CO2;
Ø Nutrientes (glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas, etc.) => fornecem energia às células, matéria-prima para a construção do material celular e regulam a atividade da célula;
Ø Íons (sódio, potássio, cloro, magnésio, bicarbonato e cálcio.) => desempenham funções variadas;
Ø Excretas (uréia e amônia) => resíduos produzidos pelas células, destinados a serem eliminados;
Ø Hormônios => efetuam a “comunicação” entre os órgãos, controlando-os a distancia.

Hemacias

As hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são células especializadas no transporte de oxigênio. Elas são produzidas no interior dos ossos, a partir das células da medula óssea vermelha denominada eritroblasto. O eritroblasto fabrica grande quantidade de hemoglobina e elimina o núcleo, transportando-se no eritrócito ou hemácia. Uma hemácia permanece cerca de 120 dias em circulação. Ao fim desse período, ela perde sua capacidade funcional e acaba sendo fagocitada e digerida por células do fígado ou do baço. Calcula-se que, em apenas um segundo, cerca de 2,4 milhões de hemácias sejam destruídos em nosso corpo. Ao mesmo tempo, quantidade equivalente de hemácias é liberada pela medula óssea vermelha, para substituir as que são removidas da circulação.*Hemoglobina:A hemoglobina é constituída por um pigmento vermelho chamado heme, que dá a cor vermelha característica do sangue. É um pigmento especial predominante no sangue, cuja função é transportar o oxigênio. Transporta o oxigênio dos pulmões até os tecidos do corpo. Depois, inverte sua função e recolhe o dióxido de carbono, transportando-o até os pulmões para ser expirado.
A deficiência de hemoglobina provoca a anemia. As alterações da estrutura da hemoglobina podem causar a anemia falciforme.

Plaquetas

Plaquetas ou trombócitos são fragmentos de células especiais presentes na medula dos ossos, os megacariócitos. A função das plaquetas é atuar na coagulação sangüínea: elas liberam substâncias denominadas fatores de coagulação nas regiões de ferimentos, estimulando a formação de coágulos, que detêm uma eventual hemorragia.*Coagulação:Um dos mais importantes fatores da coagulação do sangue liberados pelas plaquetas é a enzima tromboplastina-quinase, que age na transformação da protrombina – proteína presente no sangue – em trombina. Essas substâncias, por sua vez, estimula a transformação de fibrinogênio – outra proteína do sangue – em fibrina. As moléculas de fibrina têm capacidade de se entrelaçar, formando uma rede na qual as hemácias ficam retidas. Esse conjunto é o coagulo, uma espécie de tampão que veda o ferimento.
Além dos fatores de coagulação de natureza protéica, a coagulação do sangue envolve a participação de íons de cálcio e de vitaminas K.


LeucocitosNo sangue, temos de 5.000 a 10.000 corpúsculos ou glóbulos brancos (células brancas do sangue), que recebem o nome de leucócitos. De 4.000 a 11.000 glóbulos brancos por mm3. São de vários tipos principais:
o Neutrófilos - Que fagocitam e destroem bactérias;
o Eosinófilos - Que aumentam seu número e se ativam na presença de certas infecções e alergias;
o Basófilos - Que segregam substâncias como a heparina, de propriedades anticoagulantes, e a histamina;
o Linfócitos - Que desempenham um papel importante na produção de anticorpos e na imunidade celular;
o Monócitos - Que digerem substâncias estranhas não bacterianas

Alguns tipos de leucócitos conseguem englobar microorganismos, como as bactérias. Algumas regiões dos leucócitos se deformam e “engolem” a bactéria, como mostra a figura a seguir. O microorganismo é, em seguida, destruído no interior do glóbulo branco.
Outros tipos de leucócitos (os linfócitos), fabricam substâncias especiais, os anticorpos, que ajudam a combater os micróbios invasores.

Doenças (características)
Anemia
Baixo numero de hemácias, o que prejudica o transporte de oxigênio; pode ser causada por uma dieta pobre em proteínas, em ferro ou em vitaminas B12.
Leucemia
Tipo de câncer da medula óssea em que há produções exageradas de leucócitos, que não funcionam corretamente, deixando a pessoa pouco resistente a infecções.
Hemofilia
Doença hereditária em que a coagulação do sangue é deficiente. Um simples ferimento pode levar á morte por hemorragia. Manifesta-se principalmente em indivíduos do sexo masculino.

Malária
É causado por um protozoário, o plasmodium, transmitido por um mosquito. Após passar algum tempo no fígado, os protozoários se instalam e se reproduzem nas hemácias, que acabam por se romper, causando anemia profunda. Provoca febres altas e intermitentes.


Imunização ativa e passiva: vacinação e soros.
V a c i n a s

Microorganismos vivos atenuados – isto é, tratados para tornarem-se incapazes de causar doença – ou substâncias isoladas de microorganismos podem ser injetadas em uma pessoa, com o objetivo de induzir a formação de células de memórias. Esse processo é denominado vacinação, e a solução de antígenos específicos chamam-se vacina.
Os antígenos presentes na vacina desencadeiam, no organismo vacinado, uma resposta imunitária primaria, em que há produção de células de memória. Caso o organismo seja invadido pelo microorganismo contra o qual foi imunizado, a resposta á resposta á infecção (resposta secundária) será rápida, e os invasores serão destruídos antes mesmo de aparecerem sintomas da doença.

S o r o s I m u n e s

Certas substâncias tóxicas, como toxinas bacterianas ou venenos de cobras e aranhas, têm efeitos no organismo, podendo matá-lo antes que ele consiga produzir anticorpos. Em picadas de cobras, por exemplo, é preciso inativar rapidamente o veneno, antes que ele atue. O combate ao veneno é feito através da injeção de soro, contendo anticorpos contra venenos de cobras. O soro corresponde ao plasma sangüíneo do qual foi removida a fibrina, ou seja, ao liquido sangüíneo obtido do sangue de um animal previamente imunizado contra veneno de cobra.
O soro é preparado da seguinte maneira: injetam-se, em cabras, cavalos ou outros mamíferos de grande porte, doses sucessivas e crescentes da substância (antígeno) contra a qual se deseja obter anticorpos. A pequena quantidade de antígenos inicialmente injetada não chega a prejudicar os animais, mas é suficiente para estimular seu sistema imunitária a produzir anticorpos específicos. À medida que doses progressivamente maiores do antígeno são injetadas no animal, os anticorpos já existentes evitam prejuízos à saúde, e quantidades cada vez maiores de anticorpos específicos são produzidas. Retiram-se, então, amostras de sangue do animal, de onde se extraem os anticorpos, com os quais se prepara o soro. Ao serem injetados no paciente, os anticorpos do soro reconhecem as substâncias tóxicas, unindo-se a ela e inativando-a prontamente.